"CONTESTAR AS OPINIÕES ERRÔNEAS QUE CONTRA NÓS ESPÍRITAS SÃO APRESENTADAS; REBATER AS CALÚNIAS; APONTAR AS MENTIRAS; DESMASCARAR A HIPOCRISIA; TAL DEVE SER O AFÃ DE TODO ESPÍRITA SINCERO, CÔNSCIO DOS DEVERES QUE LHES SÃO CONFIADOS”.
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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 19.06.10 às 00:10link do post | favorito

 

No principio do século V, o debate sofre o sofrimento humano centrou-se nos bebês  recém-nascidos, que obviamente não haviam cometido ainda qualquer pecado. Se não havia pecado, por que alguns nasciam com deficiências, ou poucos inteligentes, enquanto outros eram normais? A Igreja rejeitara a resposta de Orígenes a esta pergunta: os seus destinos eram resultados direto de suas ações no passado. Por isso tiveram que providenciar outra resposta para a mesma questão: por que os bebês inocentes( e as pessoas boas em geral) sofrem e morrem?

Os primeiros teólogos contemplavam a ideia de que o estado lamentável da condição humana relacionava-se, de alguma forma,  com a Queda de Adão e Eva no Paraíso. Mas foi Santo Agostinho (354-430) que apanhou do chão  esta maçã empoeirada, limpou-a em seu manto de bispo e transformou-a naquilo que ainda hoje é fundamento da teologia cristã – o pecado original.

Coisas más acontecem às pessoas boas porque todas as pessoas são más por natureza, dizia Agostinho, e à única oportunidade para se recuperarem desta maldade natural era alcançar a graça de Deus através da Igreja. Como escreveu: “Ninguém será bom, se antes não tiver sido mau”.

Embora a Igreja tenha, desde então, rejeitado alguns dos argumentos de Agostinho, o catecismo católico ainda nos diz: “Não podemos interferir com a revelação do pecado original sem minarmos o mistério do Cristo”. O pecado original está intimamente vinculado ao Cristo, afirma a Igreja, pois é o Cristo que nos liberta do pecado original.

Agostinho acreditava que Adão e Eva viviam num estado de imortalidade física. Não teriam morrido nem envelhecido se não tivessem provado do fruto proibido e, assim, perdido o privilégio da graça divina. Depois da sua queda, as pessoas passaram a sofre, envelhecer e morrer.

De acordo com Agostinho, a vinda do Cristo deu-nos a oportunidade de restabelecermos o estado de graça. Ele atuaria como um mediador entre o Pai e uma criação desobediente. Embora a intercessão  do Cristo não salvasse da morte física, permitira o seu retorno ao estado de imortalidade física através da ressurreição do corpo. A graça não impediria que coisas más acontecessem às pessoas na Terra, mas garantiria a sua imortalidade após a morte.

A principal implicação do pecado original é que, como descendente de Adão, temos também  a sua natureza imperfeita. “O homem... não tem poder de ser bom”, escreve Agostinho. Ele acreditava  que somos tão capazes de fazer o bem como um macaco de falar. Só podemos fazer o bem através da graça. (as ideias de Agostinho, levadas ao extremo, provavelmente induziram as pessoas a pecar. “Não posso fazer nada” seria uma boa desculpa).

A abordagem de Agostinho sobre o sexo deixou profundas marcas na nossa civilização. Mais do que qualquer outro, foi responsável  pela ideia de que o sexo é inerentemente mau. A seu ver, o sexo, era indicação mais visível do estado caído do homem, ele via o desejo sexual como a “prova” e o “castigo” pelo pecado original.

 

MOSTRE-ME NA BIBLIA

Muitas pessoas  reagem à ideia do pecado original com descrença. Ele não existe em parte alguma da bíblia, dizem.

Agostinho encontrou apoio para sua doutrina nas Escrituras, em Romanos 5:12. Na nova tradução Revista, o versículo diz: “O pecado veio ao mundo através do homem, e a morte veio através do pecado, e a morte espalhou-se por todos porque todos havia pecado”.

A versão que Agostinho possuía deste versículo havia sido mal traduzido. Ele não lia grego, a língua original do Novo Testamento, por isso usou a tradução em latim, agora conhecida como Vulgata. Nela lemos na segunda parte deste versículo: “E assim, a morte espalhou-se por todos os homens, através de um homem, através do qual todos os homens pecaram”. Agostinho  conclui que “através do qual” referia-se a Adão e que, de alguma forma, todas as pessoas havia pecado quando Adão pecou.

Fez de Adão uma personalidade que incorporava a natureza de todos os homens futuros, transmitida através de seu sêmen. Agostinho escreveu: “Todos nós estávamos naquele homem”. Embora  não tivéssemos ainda uma forma física, “a natureza seminal pela qual seriamos propagado já se encontrava ali”.

Por isso todos os descendentes de Adão seriam corruptos e condenáveis, porque estavam presentes dentro dele(como sêmen) quando pecou. Agostinho descreveu o pecado como algo que fora “contraído” e que se espalhara pela raça humana como uma doença venérea. Jesus ficou isento do pecado original porque, de acordo com os ortodoxos, foi concebido sem sêmen.

Agostinho concluiu que, como resultado do pecado de Adão,  toda a raça humana era um “comboio do mal” dirigindo-se para “destruição pela segunda morte”. Com exceção, é claro, daqueles que conseguem alcançar a graça divina através da igreja.

 

A CONTROVÉRSIA DO BEBÊ

A doutrina de Agostinho sobre o pecado original gerou uma discussão sobre o batismo infantil. A pergunta central era: O QUE ACONTECE AOS BEBÊS QUE MORRESSEM SEM TEREM SIDO BATIZADOS? VÃO PARA O CÉU OU PARA O INFERNO?

Parecia difícil acreditar que Deus os mandaria para o inferno, uma vez que não tinham cometido qualquer pecado. Mas, se fossem mandados para o céu, porque então precisariam ser batizados? Na verdade, por que alguém precisa ser batizado? Esta controvérsia ameaçava grandemente a autoridade da igreja.

Na época de Agostinho, muitas pessoas adiavam o batismo até a idade adulta, pela mesma razão que Constantino adiara o seu batismo, cerca de um século antes. Não queriam perder a oportunidade de se libertar de todos os pecados. Alem disso, não apreciavam  a ideia de fazer penitência pública, exigida pela igreja para pecados cometidos depois do batismo.

Agostinho foi capaz de convencer a cristandade de que todas as crianças precisavam ser batizadas, porque haviam sido maculadas pelo pecado origina. Como os bebês não haviam cometidos pecado algum, ele escreveu: “Só resta o pecado original” para explicar o seu sofrimento. A menos que os bebês sejam batizados, “correm perigo de danação” – de irem para o inferno – alertava ele.

Durante a vida de Agostinho esta doutrina transformou-se numa terrível ameaça para os pais, como vemos na seguinte história, relatada por ele 1 a sua congregação; uma mãe  estava desesperada porque seu filho havia morrido sem ser batizado. Levou o corpo da criança para o santuário de Santo Estevão. A criança ressuscitou milagrosamente, foi batizada e morreu outra vez. A mãe aceitou esta segunda morte com muito mais resignação, pois agora estava certa de que seu filho seria poupado da dor eterna do inferno.

O medo da danação das crianças persiste até hoje. Pouco antes do dia 06 de Junho de 1996, milhares de mulheres colombianas encheram as igrejas de Bogotá  exigindo que seus filhos fossem batizados. Temiam que, se as crianças não fossem protegidas pelo batismo, ficariam vulneráveis ao Anticristo, cuja vinda estava sendo anunciada para breve. Este rumor surgiu a partir de uma predição feita por uma seita fundamentalista cristã.

 

VENDENDO A MAÇÃ

Fazer com que a igreja engolisse a pílula amarga do pecado original não foi uma tarefa fácil. Mas Agostinho devotou 20 anos a este fim. Depois da sua conversão ao Cristianismo, deixou a Itália  e retornou a África, tornando-se bispo no porto marítimo de Hippo Regius, no norte da África, hoje Algéria. Começou a escrever cartas e tratados, que enviava pelos navios carregados de milho que se dirigiam ao já decadente Império Romano. Instalado em segurança entre os olivais e vinhedos férteis, enfrentava bispos e influenciava papas e concílios da igreja.

Combateu com eficácia as ideias de João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla (347-407), que dizia que não deveríamos ser acusados dos pecados cometidos por Adão. Crisóstomo afirmava que, quando alguma coisa de mal acontecia, era uma punição pelos nossos próprios pecados, e não pelos pecados de Adão. Embora a sua argumentação fosse lógica, não explicava as iniquidades da vida – incluindo o sofrimento dos bebês inocentes.

A explicação de Agostinho para o pecado original tinha certa consistência e moldava-se perfeitamente à imagem de Deus como um imperador criado por Constantino. Agostinho escreveu: “Deus, o mais alto governante do universo, decretou com justiça que nós, que descendemos da primeira união, nascêssemos na ignorância e nas adversidades e sujeitos à morte, pois eles (Adão e Eva) pecaram e foram lançados no meio do erro, das dificuldades e da morte”.

O maior oponente de Agostinho foi o teólogo britânico Pelágio (354-418) que considerava o conceito de pecado original absurdo. Ele não podia compreender uma crença que dizia que os homens eram maus por natureza e incapazes de se aperfeiçoar. Pelágio, como Ário, acreditava que o homem tinha um destino mais elevado. Escreveu: “Não existe uma exortação mais premente do que esta: que devemos ser chamados filhos de Deus”.

Mas Agostinho conseguiu convencer o papa e Honório, governante da metade do império, a excomungar Pelágio (que vivia em Roma) e a envia-lo para o exílio, junto com seus seguidores. Pelágio morreu pouco tempo depois. Mas um dos seus seguidores, Juliano, o jovem bispo italiano de Eclanum, continuou a luta no exílio, na Ásia Menor. Juliano e Agostinho trocaram mísseis de pergaminho através do Mediterrâneo, de 418 até a morte de Agostinho, em 430. Agostinho, porem, já havia vencido.

Juliano perdeu a batalha por não conseguir defender a justiça Divina que permitia o sofrimento dos bebês.

Agostinho argumentava que se Deus era justo e as pessoas eram boas, por que os bebês deveriam sofrer? Mais especificamente, por que Deus permitiria que as almas dos bebês fossem “atormentadas nesta vida pelas aflições da carne”.

Disse Juliano: “É preciso responder que tão grande inocência às vezes nasce cega, “surda” ou “retardada””. A única explicação, acreditava, era o pecado original que os pais da criança lhe haviam “transmitido”.

Juliano contra-atacou perguntando por que um Deus justo condenaria uma criança a sofrer pelos “pecados dos outros” (os de Adão), que contraíra “sem saber nem querer”.

Agostinho respondeu: “Se não existiu o pecado (original), então os bebês... não sofreriam nenhum mal no corpo ou na alma, sob o grande poder do Deus justo”. Se alguém liberta as crianças do pecado original, este individuo esta acusando Deus  de ser injusto. “Ambos percebemos a punição”, escreveu Agostinho a Juliano, “mas vós que dizeis que não foram os pais que transmitiram algo que mereça castigo – quando ambos concordamos que Deus é justo – precisais provar se fordes capazes, que existe num bebê alguma culpa que mereça punição”.

A menos que recorresse à reencarnação, Juliano não poderia provar que as crianças tinham feito algo que justificasse os “castigos”que sofriam. Por isso a igreja acabou rejeitando os argumentos de Juliano.

Agostinho conhecia bem o conceito de reencarnação. Em seus 9 anos como maniqueísta, provavelmente aceitou a ideia, pois era um dos princípios fundamentais daquela fé. Sabemos que alguns dos seus oponentes no debate sobre o pecado original sugeriram a reencarnação como uma explicação alternativa para o sofrimento humano.

Mas Agostinho – e finalmente a igreja – rejeitou imediatamente a reencarnação. Disse que era uma “ideia revoltante” considerar que almas precisassem “retornar novamente ao jugo da carne corrupta para pagar as penas do tormento”. Aparentemente, Agostinho achava que o tormento do inferno e da segunda morte eram preferíveis aos “tormentos” da “carne corrupta”.

A controvérsia sobre o pecado original foi resolvida no ano de 529, quando o Concilio de Orange aceitou a doutrina do pecado original elaborada por Agostinho. O concilio  declarou que o pecado de Adão corrompera o corpo e alma de toda a raça humana e que o pecado e a morte eram resultado da desobediência de Adão.

Texto retirado do livro Reencarnação – o elo perdido do Cristianismo. De Elizabeth Clare Prophet.


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 09.06.10 às 00:01link do post | favorito

 

 Foram terríveis os prejuízos causados pelos tradutores protestantes em todas as suas tentativas de traduzir as Sagradas Escrituras. A incompetência, aliada muitas vezes a má fé, causou danos irreparáveis aos ensinamentos de Jesus Cristo na terra contribuindo decisivamente para a dispersão de seu rebanho. Acompanhe abaixo cada tradutor protestante e seu atentado às Escrituras:Lutero

Na Alemanha, já havia 30 diferentes edições católicas alemãs da Bíblia*, mas, Lutero, fundando o protestantismo, resolveu fazer sua tradução e adulterou Romanos 1,17, onde diz que “o justo viverá pela fé”. Ele acrescentou a palavra alemã “allein” que significa “somente”, e passou a pregar que o justo “viverá SOMENTE pela fé”. Foi o modo desonesto que ele achou para justificar sua nova religião do “Sola fide”. Ele mesmo confirmou esta adulteração, quando cheio de ódio disse: ”Se um papista lhe questionar sobre a palavra ‘somente’, diga-lhe isto: papistas e excrementos são a mesma coisa. Quem não aceitar a minha tradução, que se vá. O demônio agradecerá por esta censura sem minha permissão.” (Amic. Discussion, 1, 127,’The Facts About Luther,’ O’Hare, TAN Books, 1987, p. 201). – * (Imperial Encyclopedia and Dictionary © 1904 Vol. 4, Hanry G. Allen & Company), (Holman Bible Dictionary © 1991).

A carta de Tiago que condena o “Somente a fé” em (2,20), (2,14-16) e (2,21-22), foi assim tratada pelo dito “reformador”: ”A carta de Tiago é uma carta de palha, pois não contém nada de evangélico.” (‘Preface to the New Testament,’ ed. Dillenberger, p. 19.).

Hoje, discretamente retiraram o “somente” das traduções protestantes posteriores, mas a doutrina de Lutero (sola fide) é a essência do protestantismo. Continua o jeito fácil de salvar-se, “somente” tendo fé, como determinou Lutero: “Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda…Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar…Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia”. (Carta a Melanchthon, 1 de agosto de 1521 – American Edition, Luther’s Works, vol. 48, pp. 281-82, editado por H. Lehmann, Fortress, 1963).

 

Zwinglio

Zwínglio foi além, na sua tradução alemã, ousou adulterar as mais importantes palavras de Jesus Cristo, com visível intenção de eliminar sua presença na Eucaristia. Colocou a palavra “significa”, onde Jesus diz que o pão “É” seu Corpo e o vinho “É” seu Sangue. Veja o repúdio de um autor protestante da época: “Não é possível de modo algum excusar este crime de Zwínglio; a cousa é por demais manifesta; (…) Não o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os exemplares dedicados por Zwinglio a Francisco, rei de França, e impressos em Zurique no mês de março de 1525. Na aldeia de Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio, Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zwinglio. Em todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue. (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).

Lutero levantou-se contra Zwinglio, e disse que ”“é “ não pode ser traduzido por “significa””. (Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo – Von Abendmahl Christi, Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. – SASSE, H. Isto é o meu Corpo, p. 107). Citado em: http://www.seminarioconcordia.com.br/Artigos_Prunzel/A_Santa_Ceia%20_em_Lutero.mht

Eles corrigiram isso nas versões protestantes seguintes. Mas, até hoje os pastores pregam que “significa”.

Tyndale

Tyndale foi outro falsário protestante, por isso, morto por um decreto do imperador em Augsburg. O rei Henrique VIII já havia condenado em 1531 a “bíblia” de Tyndale como uma corrupção da Escritura. Nas palavras dos conselheiros do rei: “a tradução da Escritura corrompida por Tyndale deveria ser totalmente expelida, rejeitada e deveria ficar fora das mãos das pessoas…”. Para se pensar, que as “bíblias” protestantes de Tyndale ou Lutero fossem tão boas, por que os protestantes europeus hoje não as usam como fazem com a King James? São Thomas More, que viveu naquele tempo comentou que, procurar erros na “bíblia” de Tyndale era semelhante a procurar água no mar. (Henry G. Graham, Where We Got The Bible (TAN Books, 1977) pp. 128,130).

 

Miguel Servet

Miguel Servet foi outro protestante que morreu por corromper ao traduzir as Escrituras. João Calvino, o principal “reformador” protestante em 1522, obteve tantas cópias quanto pôde ter achado da Bíblia protestante de Miguel Servet para serem queimadas, já que Calvino não a aprovou. Depois Calvino queimou o próprio Miguel Servet na estaca. (Henry G. Graham, Where We Got The Bible (TAN Books, 1977) p. 129).

William Shakespear

William Shakespear, aquele da caveirinha, nasceu em 1564, e quando tinha 46 anos, em 1610, participou da tradução da Bíblia protestante do Rei Tiago (King James Version – KJV, publicada em 1611), e maliciosamente forçando a tradução, ele deixou autografado seu sobrenome no Salmo 46. Usando uma Bíblia KJV, localize o Salmo 46 e conte 46 palavras a partir do início: você encontrará a palavra “shake”. Vá agora para o final do mesmo Salmo e conte 46 palavras a partir da última voltando: você encontrará agora a palavra “spear”. Junte-as, e você obterá “Shakespear” (veja abaixo).

SALM 46 (King James Version):

“God is our refuge and strength, a very present help in trouble. Therefore will not we fear, though the earth be removed, and though the mountains be carried into the midst of the sea; Though the waters thereof roar and be troubled, though the mountains shake with the swelling thereof. Selah. There is a river, the streams whereof shall make glad the city of God, the holy place of the tabernacles of the most High. God is in the midst of her; she shall not be moved: God shall help her, and that right early. The heathen raged, the kingdoms were moved: he uttered his voice, the earth melted. The Lord of hosts is with us; the God of Jacob is our refuge. Selah. Come, behold the works of the Lord, what desolations he hath made in the earth. He maketh wars to cease unto the end of the earth; he breaketh the bow, and cutteth the spear in sunder; he burneth the chariot in the fire. Be still, and know that I am God: I will be exalted among the heathen, I will be exalted in the earth. The Lord of hosts is with us; the God of Jacob is our refuge”. (Charles The Hammer – Fonte: Catholic Apologetics .Net ).

E assim o malandro Shakespear fez sua travessura, nos Salmos da bíblia inglesa protestante. Apesar do descalabro acima, esta é tida pelos protestantes como sua melhor tradução. Isso porque foi literalmente traduzida da Vulgata Católica de São Jerônimo. O crítico bíblico protestante, George Campbell, disse: “A vulgata é, no geral, uma versão boa e fiel”. ( Fonte: Lista Apologética Aplicada).

 

João Ferreira de Almeida

João Ferreira de Almeida, um protestante adolescente de 16 anos de idade, de origem portuguesa (que não era padre coisa nenhuma, mas usava esse título para ganhar credibilidade), afirmava ter feito a primeira tradução em língua portuguesa da Bíblia, diretamente dos originais em hebraico e grego. O que não é verdade.

Este, nunca teve a mão os originais da bíblia, mas, escritos do séc. XVI de Erasmo de Roterdam. Também valeu-se de traduções católicas em vários idiomas, como atesta a Enciclopédia Wikipédia: “João Ferreira de Almeida lançou-se num enorme projecto: a tradução do Novo Testamento para o português usando como base parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol da tradução de Reyna Valera, 1569. Almeida usou também como fontes nessa tradução, as versões: Latina (de Beza), Francesa [Genebra, 1588] e Italiana [Diodati 1641] – todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas16 anos de idade.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ferreira_de_Almeida

A tradução do NT do adolescente João Ferreira tinha tantos erros, que os revisores passaram quatro anos tentando corrigir o que ele fez em menos de um. Ele morreu em 1691, sem completar o VT, e outro continuou a desastrada missão. Antes de morrer, João Ferreira publicou uma lista de mais de mil erros em seu Novo Testamento, e Ribeiro dos Santos afirma serem mais. (Ribeiro dos Santos foi um importante historiador do protestantismo brasileiro. Ele era pastor presbiteriano).

Hoje, os erros aumentaram, incluindo os de gramática, com frases inteiras erradas, tanto pela fraseologia quanto pela ortografia e sintaxe. Em (Êxodo 9,24), (I Samuel 18,22) e (I Cor 4,3) a palavra espanhola “mui” aparece com grande freqüência do VT ao NT, provando que a tradução não foi dos originais, mas, surrupiada de versões latinas.

As novas edições do adolescente João Ferreira, trazem muitos velhos erros, apesar de aparecer escrito na página inicial de cada volume, as frases: “EDIÇÃO REVISTA E CORRIGIDA”, ALMEIDA CORRIGIDA E FIEL. Tais expressões significam, em bom português, que o que foi impresso trouxe sempre erros e mais erros, a ponto de a própria legítima Palavra de Deus ter tido a necessidade de ser examinada de novo (revista) e “corrigida” por seres humanos incapazes, dando a entender que essa Palavra revelada pela Escritura Sagrada, no Antigo e no Novo Testamento, continha erros e precisou ser CORRIGIDA!

Em 1819, a Bíblia iniciada e não terminada por João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título:

<<A Bíblia Sagrada, contendo o Novo e o Velho Testamentos, traduzida em português pelo Padre João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Santo Evangelho em Batávia. Londres, na oficina de R. e A Taylor, 1819 – 8º gr. de IV – 884pp. A que se segue, com rosto e numeração o Novo Testamento, contendo IV – 279 páginas.>>

Note que 128 anos depois da morte de João Ferreira, que usava o título de “padre” para ganhar credibilidade, os protestantes, continuaram usando esse mesmo falso título, para dar credibilidade a sua bíblia ainda hoje infestada de erros. Alguns dizem que ele usava o título de “padre” ingenuamente, porque eram assim também chamados os missionários protestantes. Mas ingênuo mesmo, é quem crê numa marmelada destas.

Como se não bastasse as distorções das Sagradas Escritura, eles também a mutilaram arrancando-lhe sete livros.

Até o início do séc. XVII, os deuterocanônicos estavam lá nas Bíblias protestantes. Dá uma conferida na edição protestante KJV de 1611, e veja que nela estavam TODOS OS DEUTEROCANÔNICOS. Somente após a morte do Rei Tiago é que os protestantes resolveram “reformar” sua bíblia, ARRANCANDO-LHE definitivamente os deuterocanônicos, e os tachando erroneamente de “apócrifos”, por contrariarem suas doutrinas humanas. E ainda espalharam a mentira de que a Igreja os teria inserido no Concílio de Trento. Para desmascará-los, basta ver tais livros no índice de bíblia de Gutemberg, impressa quase um século antes deste Concílio. Veja: http://www.hrc.utexas.edu/exhibitions/permanent/gutenberg/web/pgstns/13.html

Corrigindo os protrestantes: <<Apócrifo>> sempre significou: [escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas,] (Dicionário Enciclopédia. Encarta 99). Ou seja, são os livros que ficaram fora do Cânon da Igreja. Esses é que são os espúrios, ocultos etc, etc..

Já os deuterocanônicos, estão sim no Cânon cristão. Confira: já escrevia Santo Agostinho, no ano 397: “… O cânon inteiro da Bíblia é o seguinte: os cinco livros de Moisés, ou seja, Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio,… Tobias, Éster e Judite, e os dois livros de Macabeus,… Para dois livros, Sabedoria e Eclesiástico, é designado Salomão como autor, mas nossa provável opinião é que foram escritos por Jesus, o filho de Sirac,… Baruque,…” (Santo Agostinho, Sobre a Doutrina Cristã, livro 2, cap. 8, 13 ano 397).

Virginia Mollenkott

Durante os anos em que a bíblia protestante NIV (Nova Versão Internacional), esteve sendo preparada (1968-1978), trabalhou na comissão Virginia Mollenkott. Ela declarou sem a menor cerimônia: “Meu lesbianismo sempre tem sido parte de mim…” (New International Version – What today’s Christian needs to know about the NIV, G.W. & D.E. Anderson, article no. 74 TBS).

Declarou ainda a tradutora protestante: “Até onde eu sei, ninguém incluindo o Dr. Palmer suspeitava que eu era lésbica enquanto eu estava trabalhando na NIV; era informação que eu mantinha privada naquela época”. (Carta de Virginia Mollenkott a Michael J. Penfold datada em 18 Dez. 1996).

Como resultado natural de seu homossexualismo, Virginia Mollenkott certamente influenciou o texto da NIV, que suprimiu palavras contundentes sobre a condenação que o Senhor faz à prática homossexual. A mais escancarada foi em 1Cor 6,10 onde as palavras “efeminados” e “sodomitas” [em grego literalmente "arsenokoites" - homem que pratica coito com outro homem], foram retiradas e substituídas por “male prostitutes” (homens prostitutos) e “homosexual offenders” (ofensores de homossexuais!). Veja, agora, que se você prega para um homossexual que ele está em pecado quando pratica o homossexualismo, você o está ofendendo e você é que está cometendo o pecado imperdoável!!!

A corrupção foi tanta, que 64.576 palavras estão faltando na corrupta NVI e DEZESSETE VERSOS INTEIROS! Veja a lista:

.

Em Mateus: 3 versos: 17:21, 18:11 e 23:14.

Em Marcos: 5 versos: 7:16, 9:44, 9:46, 11:26 e 15:28.

Em Lucas: 2 versos: 17:36, 23:17.

Em João: 1 verso: 5:4.

Em Atos: 4 versos: 8:37, 15:34, 24:7, 28:28,

Em Romanos: 1 verso: 16:24 e

Em 1João: 1 verso: 5:7.

Total: 17 versos subtraídos!

A NVI foi lançada no Brasil, e certamente é a preferida das igrejas evangélicas gays: ‘Sinos de Belém’ e ‘Acalanto’. Ótima, para as corriqueiras cerimônias “matrimoniais” gays da igreja presbiteriana.

E assim vai o povo errante do “Somente a fé”, do “significa”, dos falsários mortos, do errático tradutor de dezesseis anos que dizia-se “padre”, do “revista e corrigida”, do “ corrigida e fiel”, do Shakspear, do arranca livros e da lésbica tradutora, chamando o Todo Poderoso Deus, de “El Shadai”(???), de “Jeová” (???), ou qualquer outra coisa que os corruptores determinarem. O problema como vimos, é que seus ludibriados leitores viciam na palavra errada.

O Reverendo. Dr. Aked, ministro batista, declarou à “Appleton’s Magazine,” em setembro de 1908:

“Nas páginas da versão protestante da Bíblia será achado erros históricos, enganos aritméticos, inconsistências e contradições múltiplas, e, o que é longe pior, a pessoa acha que os crimes mais horríveis são cometidos por homens que falam: ‘Deus disse,’ em justificação de seus terríveis atos. Além disso, a Bíblia inglesa é uma versão de uma versão que é uma tradução de uma tradução. Veio do hebraico, grego e latim em inglês. Em todas suas fases antigas foi copiada à mão de um manuscrito a outro por escritores diferentes, um processo que resultou em muitos enganos”.

Corrompendo e mutilando a Bíblia, Lutero e seus seguidores caem sob a maldição da própria Bíblia, que diz:

” Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; E se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, descritas neste livro.” (Apoc. 22,18-19).

“É que de fato, não somos, como tantos outros, falsificadores da palavra de Deus. Mas é na sua integridade, tal como procede de Deus, que nós a pregamos em Cristo, sob os olhares de Deus.” (2 Cor. 2,17).

Autor: Fernando Nascimento


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 08.06.10 às 00:05link do post | favorito
Se a previsão dos marqueteiros evangélicos por acaso viesse a se realizar, a desgraça moral estaria instalada no Brasil, pelo que demonstram os dados estatísticos e comprovações jornalísticas abaixo:

 

Os presídio femininos explodiriam, porque hoje:

 

EVANGÉLICAS LOTAM PRESÍDIOS, MAIS QUE OUTRAS RELIGIÕES
(E não é porque se “converteram” ao protestantismo depois de presas)

 

Tabela 3 : Igrejas e cultos das presidiárias e suas famílias:
Igrejas e culto : Igrejas evangélicas, 56,2 % da população carcerária, 49,2% das famílias desta população.

 

Apenas 16,22% da população brasileira.

 

Igrejas e culto : Igreja católica, apenas 15,6 % da população carcerária, 33,2% das famílias desta população, 73,89% da população brasileira.

 

Espiritualistas: 5% da população carcerária1, 4% das famílias desta , 32% da população brasileira.

 

Não freqüentam ou sem resposta: 23,3% da população carcerária, 16,2% das famílias desta população, 7,35% da população brasileira.

 

FONTE DA TABELA 3

 

http://www.ipub.ufrj.br/documentos/jbp(1)2006_artigo5.pdf
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A pornografia, as orgias e adultérios tomariam o Brasil, porque hoje:

64% DOS PASTORES E EVANGÉLICOS SÃO PORNOGRÁFICOS E TEM ATIVIDADE SEXUAL SECRETA! 25% COMETERAM ADULTÉRIO

 


Patrick Means, em seu livro Men's Secret Wars (As Guerras Secretas dos Homens), numa pesquisa entre os “evangélicos” destaca: 64 por cento dos pastores evangélicos e leigos têm problemas com vício sexual, inclusive pornografia e outras atividades sexuais secretas.

 

Especificamente, 25 por cento confessaram ter cometido adultério depois de casados e depois de se tornarem “evangélicos”. Acesse:

 

 

NÃO DEIXEM DE OBSERVAR QUE as fontes são evangélicas, para não deixar dúvidas.
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O perigo das crianças em templos evangélicos aumentaria, porque hoje:

 

A revista evangélica “Enfoque Gospel” publicou em sua Edição nº 59, uma rica matéria sobre “pastores pedófilos”, onde eles, além de violentarem as próprias filhas e filhas dos parentes, violentam também as filhas dos seus seguidores. A matéria completa podemos acessar neste link:

 

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As mulheres IRIAM APANHAR MAIS, porque hoje:

 

90% DAS MULHERES AGREDIDAS SÓ EM SÃO PAULO, SÃO EVANGÉLICAS AGREDIDAS PELOS MARIDOS EVANGÉLICOS

 


Das 3 mil mulheres que procuram ONG da Zona Leste, que assiste vítimas de violência, 90% são evangélicas agredidas física ou verbalmente pelos maridos - que, na igreja, são exemplos de bondade. Fonte:

 

http://www.jt.com.br/editorias/2006/03/08/ger36218.xml
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A corrupção no Brasil dobraria, porque hoje:

 

58% DA PROPINA DOS “SANGUESSUGAS”, FOI PARA EVANGÉLICOS

 

Integrantes da bancada evangélica do Congresso receberam 58% do total da propina repassada a parlamentares pela máfia das ambulâncias, aponta o relatório da CPI dos Sanguessugas aprovado na última quinta-feira (10).

 

Dos 66 congressistas ligados a igrejas evangélicas tradicionais ou neopentecostais, 23 -- mais de um terço da bancada -- estão envolvidos nas irregularidades e tiveram a cassação de seus mandatos sugerida.

 

Juntos, receberam ao menos R$ 5,3 milhões dos cerca de R$ 9 milhões que a família Vedoin afirma ter pago como "comissão" pelo direcionamento de emendas. Dos 23 congressistas, 10 são ligados à Igreja Universal do Reino de Deus, e nove, à Assembléia de Deus.

 

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Os “casamentos” de gays e lésbicas explodiriam, envergonhando Deus:

 

 
IGREJAS EVANGÉLICAS GAYS

 

Igreja Protestante Só para Gay :

 

 

Celebração de Casamento Gay:

 

 

Igreja Anglicana fará casamentos gays no Canadá:

 

 

Sacerdotes gays anglicanos se casam em igreja em Londres

 

 

Igreja evangélica permite casamento gay (Brasil)

http://patraoblog.wordpress.com/2007/12/26/igreja-evangelica-permite-casamento-gay/


EUA: Igreja Metodista admite pastora lésbica

http://casamentocivil.org/casamentocivil/news.asp?uid=220304A
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Os suicídios aumentariam, porque:

 

ESTUDOS APONTAM

 

"Em toda parte, sem exceção, há mais suicídios entre os protestantes do que entre os adeptos dos demais credos" (Durkheim, 1982:115).

 

 

Ainda bem que Cristo disse que, as portas do inferno não prevalecem contra sua Igreja, e a comunidade de Orkut “Ex protestantes-Hoje Católicos” é cinco vezes maior do que a equivalente dos evangélicos.

 

Para a desgraça geral dos evangélicos, mais recentemente, pouco antes da vinda do Papa Bento XVI, em 2007, a Fundação Getúlio Vargas divulgou em pesquisa, que: A Igreja Católica parou de perder fiéis no Brasil. Na década de 1990, o número diminuía cerca de 1% a cada ano. A partir de 2000, não houve mais queda. http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=118413
Estudo: Fernando Nascimento.
17 jun (3 dias atrás) FERNANDO E provando que “crente” bebe:
Pastor Evangélico é acusado de abusar sexualmente de menina de 13 anosE diz que estava bêbado:

 

Após prestar depoimento, a menina realizou exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. Augusto Cerqueira também passou pelo mesmo procedimento, pois alegou que estava bêbado e que não lembrava de nada. A garota está em poder da mãe em um local não divulgado.

 


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 08.06.10 às 00:01link do post | favorito

 

Algumas pessoas acham erroneamente, que Deus poderia ter amaldiçoado o ser humano com a dor do parto, com o trabalho etc. (Gêneses 3,16-19).

 

Não pensam porém, que o Criador seria incapaz de praguejar sobre sua própria criação.

 

É inconcebível atribuir-se ao Altíssimo profunda pequenez moral, capaz de fazer imprecações a quem quer que seja. Mesmo porque vimos que Ele é misericordioso, piedoso, longânimo e grande em benignidade (Salmos 103,8).

 

Se Jesus ensinou ao apóstolo Pedro a perdoar setenta vezes sete (Mateus 18,21-22), ou seja, indefinidamente; se Cristo, que era reconhecidamente bom, não aceitou este título, apenas conferindo-o a Deus (Mateus 19,17; Marcos 10,18; Lucas 18,19); considerando também que o Nazareno é o tipo mais perfeito que o Criador tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo, deduzimos que nesse encadeamento lógico de idéias o qual vimos anteriormente, o Altíssimo não nos concederia alguém que nos ensinasse fatos inverossímeis.

 

Além de tudo isso, observamos em Romanos 8,14 o seguinte texto bíblico: ‘Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.”

 

Se geralmente um pai terrestre não deseja que nada de ruim aconteça à sua prole, que dirá então Deus, que tem a bondade em um nível muito superior a do ser humano.

 

Penso sim, que devemos ter fé em Deus, mas uma fé raciocinada, não cega, aquela que impede que nós vejamos as coisas mais óbvias, as quais são fatos cristalinos que estão diante de nós.

 

 

Hugo Alvarenga Novaes.

Fonte: Publicado no jornal Estado de Minas, caderno Espaço do leitor, 11/06/2007.

 


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 06.06.10 às 04:18link do post | favorito

 

A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita Potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.

 

Ninguém adquire essa fé sem ter passado pelas tribulações da dúvida, sem ter padecido as angústias que embaraçam o caminho dos investigadores.

 

Muitos param em esmorecida indecisão e flutuam longo tempo entre opostas correntezas. Feliz quem crê, sabe, vê e caminha firme. A fé então é profunda, inabalável, e habilita-o a superar os maiores obstáculos. Foi neste sentido que se disse que a fé transporta montanhas, pois, como tais, podem ser consideradas as dificuldades que os inovadores encontram no seu caminho, ou seja, as paixões, a ignorância, os preconceitos e o interesse material.

 

Geralmente se considera a fé como mera crença em certos dogmas religiosos, aceitos sem exame. Mas a verdadeira fé está na convicção que nos anima e nos arrebata para os ideais elevados. Há a fé em si próprio, em uma obra material qualquer, a fé política, a fé na pátria. Para o artista, para o pensador, a fé é o sentimento do ideal, é a visão do sublime fanal aceso pela mão divina nos alcantis eternos, a fim de guiar a Humanidade ao Bem e à Verdade.

 

É cega a fé religiosa que anula a razão e se submete ao juízo dos outros, que aceita um corpo de doutrina verdadeiro ou falso, e dele se torna totalmente cativa. Na sua Impaciência e nos seus excessos, a fé cega recorre facilmente à perfídia, à subjugação, conduzindo ao fanatismo. Ainda sob este aspecto, é a fé um poderoso incentivo, pois tem ensinado os homens a se humilharem e a sofrerem. Pervertida pelo espírito de domínio tem sido a causa de muitos crimes, mas, em suas consequências funestas, também deixa transparecer suas grandes vantagens.

 

Ora, se a fé cega pôde produzir tais efeitos, que não realizará a fé esclarecida pela razão, a fé que julga, discerne e compreende? Certos teólogos exortam-nos a desprezar a razão, a renegá-la, a rebatê-la. Deveremos por isso repudiá-la, mesmo quando ela nos mostra o bem e o belo? Esses teólogos alegam os erros em que a razão caiu e parecem, lamentavelmente, esquecer que foi a razão que descobriu esses erros e ajudou-nos a corrigi-los.

 

A razão é uma faculdade superior, destinada a esclarecer-nos sobre todas as coisas. Como todas as outras faculdades, desenvolve-se e engrandece pelo exercício. A razão humana é um reflexo da Razão eterna. É Deus em nós, disse São Paulo. Desconhecer-lhe o valor e a utilidade é menosprezar a natureza humana, é ultrajar a própria Divindade. Querer substituir a razão pela fé é ignorar que ambas são solidárias e inseparáveis, que se consolidam e vivificam uma à outra. A união de ambas abre ao pensamento um campo mais vasto: harmoniza as nossas faculdades e traz-nos a paz interna.

 

A fé é mãe dos nobres sentimentos e dos grandes feitos. O homem profundamente firme e convicto é Imperturbável diante do perigo, do mesmo modo que nas tribulações. Superior às lisonjas, às seduções, às ameaças, ao bramir das paixões, ele ouve uma voz ressoar nas profundezas da sua consciência, instigando-o à luta, encorajando-o nos momentos perigosos.

 

Para produzir tais resultados, necessita a fé repousar na base sólida que lhe oferecem o livre exame e a liberdade de pensamento. Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-lhe reconhecer tão somente princípios decorrentes da observação direta, do estudo das leis naturais. Tal é o caráter da fé espírita.

 

A filosofia dos Espíritos vem oferecer-nos uma fé racional e, por isso mesmo, robusta, O conhecimento do mundo invisível, a confiança numa lei superior de justiça e progresso imprime a essa fé um duplo caráter de calma e segurança.

 

Efetivamente, que poderemos temer, quando sabemos que a alma é imortal e quando, após os cuidados e consumições da vida, além da noite sombria em que tudo parece afundar-se, vemos despontar a suave claridade dos dias infindáveis?

 

Essencializados da ideia de que esta vida não é mais que um instante no conjunto da existência integral, suportaremos, com paciência, os males inevitáveis que ela engendra. A perspectiva dos tempos que se nos abrem dar nos á o poder de dominar as mesquinharias presentes e de nos colocarmos acima dos vaivens da fortuna. Assim, sentir-nos-emos mais livres e mais bem armados para a luta.

 

O espírita conhece e compreende a causa de seus males; sabe que todo sofrimento é legítimo e aceita-o sem murmurar; sabe que a morte nada aniquila, que os nossos sentimentos perduram na vida de além-túmulo e que todos os que se amaram na Terra tornam a encontrar-se, libertos de todas as misérias, longe desta lutuosa morada; conhece que só há separação para os maus. Dessas crenças resultam-lhe consolações que os indiferentes e os cépticos ignoram. Se, de uma extremidade a outra do mundo, todas as almas comungassem nessa fé poderosa, assistiríamos à maior transformação moral que a História jamais registrou.

 

Mas essa fé, poucos ainda a possuem, O Espírito de Verdade tem falado à Terra, mas insignificante número o tem ouvido atentamente. Entre os filhos dos homens, não são os poderosos os que o escutam, e, sim, os humildes, os pequenos, os deserdados, todos os que têm sede de esperança. Os grandes e os afortunados têm rejeitado os seus ensinos, como há dezenove séculos repeliram o próprio Cristo. Os membros do clero e as associações sábias coligaram-se contra esse “desmancha-prazeres”, que vinha comprometer os interesses, o repouso e derruir-lhes as afirmações. Poucos homens têm a coragem de se desdizerem e de confessarem que se enganaram. O orgulho escraviza-os totalmente! Preferem combater toda a vida esta verdade ameaçadora que vai arrasar suas obras efêmeras. Outros, muito secretamente, reconhecem a beleza, a magnitude desta doutrina, mas se atemorizam ante suas exigências morais. Agarrados aos prazeres, almejando viver a seu gosto, Indiferentes à existência futura, afastam de seus pensamentos tudo quanto poderia induzi-los a repudiar hábitos que, embora reconheçam como perniciosos, não deixam de ser afagados. Que amargas decepções irão colher por causa dessas loucas evasivas!

 

A nossa sociedade, absorvida completamente pelas especulações, pouco se preocupa com o ensino moral. Inúmeras opiniões contraditórias chocam-se; no meio desse confuso turbilhão da vida, o homem poucas vezes se detém para refletir.

 

Mas todo ânimo sincero, que procura a fé e a verdade, há de encontrá-la na revelação nova. Um influxo celeste estender-se-á sobre ele a fim de guiá-lo para esse sol nascente, que um dia Iluminará a Humanidade Inteira.

 

 

Léon Denis

Depois da Morte


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 05.06.10 às 00:01link do post | favorito

Esta é uma pergunta que sempre que for feita deverá levar todo ser humano a uma reflexão - não sobre a morte Dele propriamente dita, mas sobre a finalidade da sua vinda ao Planeta Terra. Isso porque, os “donos” da religião da época em que Ele encarnou deturparam a verdadeira finalidade da sua missão ao plano físico na Terra, que foi trazer os seus ensinamentos, pois basta termos um pouquinho de raciocínio lógico para atentarmos que ninguém, mas ninguém mesmo, encarnou aqui na Terra que não tenha morrido. E que não nos venham com essa de que Henoc e o profeta Elias, não morreram porque foram arrebatados vivos para o céu! Por que dizemos isso? Pelo simples fato de que Jesus, que foi maior que todos os profetas, mesmo tendo sido objeto de arrebatamento (Mt 4:1, Mc 1:12 e Lc 4:1), também morreu. Tanto morreu, que os novos “donos” da então nova doutrina pregada por Jesus, em função da maneira em que se deu a sua morte, associaram-na aos sacrifícios do Velho Testamento, em que animais eram imolados como forma de “abrandar” a ira do Deus dos hebreus, visando o perdão dos pecados cometidos.

 

E por falar em hebreus e pecados, sugerimos ao leitor passar uma vista d’olhos no capítulo 9 da epístola aos hebreus, com atenção aos versículos de 10 a 15, dizendo este último: “15. Por isso ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos recebam a herança eterna que lhes foi prometida.” (Boa Nova - Bíblia Católica - os grifos não são do original) Nesse caso, fatalmente verá que os lideres religiosos da época optaram pelo entendimento de que a finalidade da vinda de Jesus à Terra foi morrer para remir os pecados cometidos no decorrer do primeiro testamento, no dizer do citado versículo 15, ao invés de vir ensinar as verdades sobre a forma de como o ser humano deve nortear a sua maneira de proceder, visando sua evolução espiritual, que os ditos líderes religiosos denominam de salvação da alma. Em função desse versículo 15 podemos, sem medo de errar, deduzir que:

- os pecados cometidos durante a vigência do velho testamento, isto é, até a morte de João, o batista (Lucas 16:16), foram remidos com a morte de Jesus, inclusive aqueles cometidos pelas pessoas que nasceram antes e morreram após a morte de João.

 

É nesse ponto que as coisas começam a se complicar, em termos de aplicação da justiça divina, pois, para os que nasceram e morreram durante a vigência do primeiro testamento (até a morte de João), todos eles tiveram os seus pecados perdoados e, portanto, foram para o reino dos céus, enquanto aqueles que nasceram antes e viveram até após a morte de João, só tiveram parte dos seus pecados perdoados, não podendo ir para o reino dos céus, se cometeram pecados após a morte de João, ainda que tenham sido cometidos antes do sacrifício (morte) de Jesus, já que “a lei e os profetas vigoraram até João”. Isso porque, como se vê, o perdão foi dado em relação aos pecados cometidos em um período determinado.

 

E nós, que nascemos depois?

 

Assim, podemos deduzir que, inclusive, em função do referido versículo 15, o “pecado original” (e põe original nisso) também foi perdoado, já que, para nós, admitida a sua existência, ele foi cometido na vigência do Antigo Testamento. Entretanto, se os “hermeneutas” surgirem com o argumento de que a lei só foi estabelecida no Sinai, com as duas tábuas, e que, portanto, o pecado original está fora dessa revogação, até poderíamos concordar com tal proposição.

 

No entanto, se a lei só tiver sido estabelecida com o advento dos DEZ MANDAMENTOS, a dedução lógica é a de que antes deles não havia lei; logo, como não havia lei, não havia possibilidade de existir a desobediência, pois não pode existir desobediência quando não há norma proibindo determinado tipo de atitude. Ou pode? Os hermeneutas que o digam...

 

Além do mais, se a finalidade do “sacrifício” de Jesus foi o perdão dos pecados anteriormente cometidos, isto é, durante a vigência do Antigo Testamento, temos que supor que a finalidade do “sacrifício” de Jesus foi “passar a borracha” no passado da raça humana, ou seja, apagar toda e qualquer falta cometida durante a vigência da lei a que se refere o perdão; claro, não?! Mais ainda: se o sacrifício de Jesus não foi para o esquecimento dos pecados cometidos durante o primeiro testamento, então por que em Hebreus consta essa informação?!

 

Logo, com isso, ficamos diante da situação de que, se ainda quisermos acreditar que alguém (no caso, Jesus) morreu para nos salvar, teremos que providenciar outro “Cristo” para pagar pelos pecados cometidos pela humanidade no período pós-morte de João até a vinda de um novo salvador.

 

Tomemos, ainda, o seguinte exemplo: Um líder religioso toma a decisão de ir pregar uma nova doutrina, em um país onde o poder religioso se confunde com o poder político, como acontecia com o povo hebreu, na época de Jesus. Suponha o leitor que as lideranças religiosas se sintam ameaçadas em seu poder religioso e pela sua proximidade e influência em relação ao poder político, forcem as autoridades políticas a tomar uma providência contra esse pregador, dizendo que ele é uma ameaça à ordem pública, e que a punição aplicável ao fato, como no caso de Jesus, é a pena de morte. Suponha, ainda, que esse pregador seja condenado e executado e os seus seguidores, em decorrência disso, se revoltem e fundem uma nova religião, baseados nos ensinamentos desse pregador. Nesse caso, perguntamos: esse pregador morreu para salvar do jugo dos líderes religiosos aqueles que aceitaram a sua pregação, ou morreu em decorrência de sua condenação pelo poder religioso que usou o poder político para puni-lo? Claro que, tendo conhecimento dos riscos de morrer, que corria com sua atitude, ele assumiu esse risco. Já no caso de Jesus, não há que se alegar que Ele tinha conhecimento do risco, pois o que Ele tinha era a certeza da sua morte, posto que, tendo Ele participado da formação da Terra, Ele sabia que teria que morrer, como todos nós também temos essa certeza, apesar de ainda não termos atingido a evolução crística. Logo, não há que se falar em morte redentora, mas, apenas, que Ele morreu porque tinha que morrer, de uma forma ou de outra, pois, desculpem-me pela irreverência, como diz a sabedoria popular, ninguém fica para semente, ou seja, a única certeza que se tem quando se nasce é que se vai morrer. E não se diga que está implícito na Bíblia que Ele nos remiu pela sua morte, ou seja, que todos nós estamos salvos! Porque dizemos isso? Pelo simples fato de que em Hebreus 9:15 está explícito que a morte de Jesus expiou os pecados cometidos durante a primeira aliança, isto é, durante o Velho Testamento. Para confirmar o que dizemos, transcrevemos traduções diferentes do referido versículo 15, constantes em três edições da Sociedade Bíblica do Brasil, conforme segue:

 

“Edição Revista e Corrigida:

15 - E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.

 

Edição Revista e Atualizada:

15 - Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.

 

Nova Tradução na Linguagem de Hoje:

15 - Portanto, é Cristo quem consegue fazer uma nova aliança, para que os que foram chamados por Deus possam receber as bênçãos eternas que o próprio Deus prometeu. Isso pode ser feito porque houve uma morte que livrou as pessoas dos pecados que praticaram enquanto a primeira aliança estava em vigor.”

 

Como o leitor poderá notar, embora os textos sejam diferentes no aspecto gráfico, semanticamente são iguais, já que em todos eles, embora não concordemos com a afirmação neles contida, está dito que a morte de Jesus foi para remissão dos pecados anteriormente cometidos. Mesmo porque o perdão só pode ser em relação a fato passado, pois, caso contrário, deixa de ser perdão e passa a ser homologação da impunidade, já que, de antemão, o pecador saberá que não haverá punição pela falta por ele cometida.

 

Daí, fazemos a seguinte colocação: se, como querem alguns, já estamos todos salvos, por que os que se dizem “enviados de Deus” continuam fazendo a pregação contra o pecado? Não é uma incongruência? E mais: como fica o a cada um segundo as suas obras? (Mt 16:27, Rm 2:6 e 1Pd 1:17) Inclusive em relação a eles próprios? Embora seja uma questão de foro íntimo, não resistimos ao impulso de deixar no ar: será que a prepotência e a hipocrisia deles os impedem de ouvir o que pregam e de ver o que fazem?

 

JOÃO FRAZÃO DE MEDEIROS LIMA

 


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 04.06.10 às 22:23link do post | favorito

 

Os teólogos bíblicos, com seu estudo de hermenêutica, sabem das coisas bíblicas, mas preferem manter os fiéis na ignorância sobre os demônios, pois com ela eles fazem mais mistérios sobre o assunto, sobre si próprios, e, conseqüentemente, ganham mais prestígio e dinheiro.

 

Mas um ensino bíblico sério não pode continuar ignorando o significado verdadeiro da palavra demônio (“daimon” em grego), que é de um espírito humano.  Os teólogos e bispos do passado entenderam isso errado e transformaram em dogmas esse e outros erros seus. Mas isso não quer dizer que os cristãos vão continuar mergulhados “in aeternum” nessa ignorância. Aliás, muitos já se libertaram dessa idéia de demônios como sendo deuses mitológicos do mal em luta contra Deus.

 

Platão e Heródoto até usaram o adjetivo grego “daimonios”, da raiz de “daimon”, com o sentido de excelente e divino, cujo antônimo grego é “kakos” (mau). E também o verbo “daimóno” tem o sentido de “receber espírito” ou “estar sob a ação de um espírito desencarnado bom ou mau” (C. T. Pastorino, ex-padre e ex-professor de Grego e Latim da UNB, “Sabedoria do Evangelho”, 1º volume, pág. 138).

 

Como todos nós seres humanos da fase atual, exceto um Chico Xavier e uma Irmã Dulce, os teólogos e líderes religiosos são orgulhosos e egoístas. É verdade que eles têm que obedecer a uma hierarquia. Mas muito lhes falta de renúncias e desapegos. E a vós, teólogos, pergunto como ficará o cristianismo com a evolução em tudo?

 

 Por que tanto amor aos erros? Será que vós adorai-los, ao invés de adorardes a Deus?

 

 Importa-vos mesmo a verdade? Tendê-la como norma evangélica?

 

Teriam acabado as verdades teológicas?

 

 Não havê-las-á mais no futuro? Deus e os seus espíritos se aposentaram ou a humanidade é que se aposentou, já tendo chegado à perfeição do Pai?

 

De fato, os demônios são espíritos humanos, que podem ser maus, regulares, bons e angélicos. Daí falarmos que a criança é um anjo (demônio bom) e do anjo mau (demônio mau)!

 

José Reis Chaves

 


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 03.06.10 às 05:45link do post | favorito

 

Existe no mundo atual uma forte linha divisória, traçada pelos homens, que separa as diferentes correntes de ideias como sendo parte ou de religião, ou de ciência, ou de filosofia. O homem moderno, apesar de mais desenvolvido intelectualmente, ainda traz traços claros de outros tempos quando, o que não podia ser explicado à luz da ciência era categorizado por nós como sobrenatural ou herético. Hoje ainda, assuntos que são considerados científicos, são compartimentalizados, como se nada tivesse de relação com assuntos de ordem Divina, e a filosofia é considerada como nada mais que um simples conjunto de ideias teóricas sem nenhuma aplicação prática.

Essa separação força uma postura dogmática para que aceitemos e abracemos a verdade absoluta de que Deus é nosso Pai e Criador de todas as coisas, e assim somos forçados a aceitar, sem questionamento, que tudo o que existe e ocorre se dá por vontade Dele. Realmente, é fato que tudo o que existe e ocorre se dá por vontade do Altíssimo, mas, uma vez que se pudesse comprovar esse fato através de observações e estudos, ao invés da simples aceitação de dogmas religiosos a nós impostos, poder-se-ía chegar a uma situação de consenso com relação à existência de Deus; então, a argumentação racional derrubaria a descrença dos que nunca encontraram explicação plausível para a lei Universal, e que precisam de algo mais que a fé cega para aceitação do que lhes é imposto.

Tomemos então como parâmetro inicial para discussão o aspecto científico aceito nos dias atuais que explica a teoria evolucionária da Terra. O postulado aceito hoje como padrão para a origem dos organismos vivos terrestres nos diz que toda a vida no planeta começou através de micro-organismos unicelulares, que em tempo, evoluíram a organismos multicelulares, a plantas e animais simples, finalmente culminando no organismo mais complexo de todos que é o homem e seu mecanismo de inteligência em constante evolução.

Existem dois caminhos que se pode seguir para estabelecimento de uma conexão entre a teoria evolucionária da vida na Terra e a existência de inteligência suprema, arquiteta de todo esse processo. A primeira direção é a que caminha no tempo, em sentido contrário à linha evolucionária, e que investiga a origem dos micro-organismos elementares. A corrente teórica mais aceita na atualidade é a que atribui a criação desses seres elementares à combinação de redes inorgânicas de carbono existentes na superfície do globo, que através de reações químicas se transformaram nos micro-organismos elementares em questão. Essa teoria é a mais aceita, uma vez que está provado cientificamente que a partícula mais elementar do corpo humano é também formada por redes de carbono inorgânico. Assumindo que esta seja realmente a origem de tudo, como se explica o fato do homem nunca ter conseguido criar vida a partir de redes de carbono inorgânico? Os avanços mais recentes no campo da genética possibilitaram ao homem apenas a clonagem de seres vivos, utilizando-se para isso o DNA do animal a ser copiado; portanto, isso nada mais é que a cópia de algo existente, não podendo ser caracterizado ou qualificado como criação de vida. Essa simples pergunta gera uma série de considerações, tais como:

(1) Talvez o homem nunca tenha conseguido criar vida a partir de composições inorgânicas pelo fato de que exista outro ou vários outros componentes que devam ser adicionados a redes de carbono para a criação dos seres orgânicos.

(2) Se existem realmente componentes extras que devam ser adicionados, esses componentes ainda não foram descobertos pela nossa ciência, o que sugere que existem componentes ainda mais elementares que o mais elementar que já foi descoberto até hoje.

(3) Se a vida orgânica necessita de um ou vários componentes para sua criação, adicionados às redes de carbono, é realmente razoável se atribuir a puro acaso a combinação de todos esses elementos, nas suas quantidades exatamente precisas, dentro de condições ambientais exatamente perfeitas de modo que se combinem a ponto de criarem vida orgânica? Probabilisticamente falando, isso seria impossível sem a intervenção de uma inteligência exterior ao fenômeno, que alinhe as condições, quantidades e elementos de forma que o resultado final seja o esperado.

 

Ora, se chegamos à conclusão racional de que a criação da vida só pôde ser executada através da intervenção de algum tipo de inteligência, e que estamos nos referindo aos seres vivos originários de toda a vida na Terra, chegamos a um paradoxo: Precisamos de vida inteligente para criação de vida inteligente.

Nesse ponto, mesmo que se atribua essa inteligência externa a criaturas de outros mundos que não as da Terra, como existe hoje corrente simpática a essa teoria, pode-se aplicar a mesma sequência de raciocínio para chegarmos à origem da criação desse ser inteligente em seu próprio mundo, e o criador deste, e o criador deste ainda, até que cheguemos ao criador original, Deus.

O segundo caminho que precisamos seguir para estabelecimento de conexão entre a Inteligência Original e Suprema e a teoria evolucionária se dá na direção temporal oposta à anterior, ou seja, na direção da evolução dos organismos vivos culminando na criação do homem em toda sua complexidade. Apelando mais uma vez à matemática da probabilidade, seria razoável aceitar que essa evolução seguiu um processo aleatório, mantendo em perspectiva que, um simples elemento vivo unicelular possa ter se transformado em um organismo tão complexo quanto o homem?

Isso se quisermos nos manter apenas no campo físico do corpo humano. O que falar do campo mental do homem e toda sua complexidade? Não me refiro ao cérebro propriamente dito apenas, mas ao domínio de suas ideias que determinam a individualidade de cada um de nós. Seria realmente obra do puro acaso a evolução dos seres vivos até esse nível de complexidade?

E com relação à Natureza? Como explicar o seu número virtualmente infinito de elementos e seres variados e como todos se encadeiam e colaboram de forma perfeita para a manutenção do equilíbrio de vários ecossistemas? Cadeias alimentares que garantem a sobrevivência e utilidade de todas as múltiplas espécies de seres vivos, cadeias essas que se alteradas resultam em consequências catastróficas para a região afetada, mas que parecem ter um mecanismo de controle natural, que acaba se reequilibrando sem a necessidade de influência humana, tão logo a força disturbante a essa cadeia se interrompa. Pode-se atribuir toda essa perfeição, de novo, à obra do acaso?

Isso tudo sem mencionar os elementos inorgânicos, que possibilitam infinitas combinações para formação de outros mais complexos, e outros ainda mais. E o que falar dos fenômenos da eletricidade e magnetismo, que através do estudo de seus respectivos campos possibilitou à ciência a descoberta de verdadeiros mundos de possibilidades? A eletricidade e magnetismo não foram criados pela ciência, apenas descobertos. Isso tudo também é acaso?

E os sentimentos humanos, que a ciência até hoje não conseguiu decifrar? Cada relacionamento entre duas pessoas produz número infinito de nuances emotivas, tanto na qualidade e característica de emoções, quanto em suas intensidades. Pelas leis matemáticas, o adicionamento de uma terceira pessoa a essa rede inicial de duas pessoas, aumentaria o número de combinações exponencialmente. Considere agora que existem hoje no globo terrestre mais de cinco bilhões de pessoas, e que todas elas se relacionam indiretamente. As ações de um único indivíduo acabam afetando todos os habitantes do globo, através de suas associações indiretas, como um dominó que cai em uma fileira de cinco bilhões de dominós. É mais do que razoável a aceitação de que exista uma série de leis pelas quais o Universo seja regido, caso contrário, não seria muito difícil imaginar um completo caos culminando com a sua total destruição. Deixamos aqui a pergunta: achamos nós realmente, que as leis da física conhecidas pela ciência de hoje, seriam suficientes para reger um super-organismo tão complexo e inter-relacionado como o Universo infinito?

Negar a linha de raciocínio acima seria negar o axioma básico de todas as ciências; o de que não existe efeito sem causa. Para se crer em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe que nesse caso seria o efeito, logo uma causa para esse efeito deve existir. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde realizar alguma coisa. A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso seria insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

Entende-se que para alguns homens seja difícil a aceitação pura e simples de dogmas impostos pelas diversas religiões, especialmente quando essas próprias religiões, que por terem sido criadas por homens, são também falíveis como seus criadores. Temos provas diárias que nos fazem contestar as religiões terrestres, como por exemplo, os movimentos das cruzadas nas épocas medievais que mataram milhares de inocentes em nome de Deus; nada mais era que um movimento político à procura de poder; o roubo da inocência de crianças por membros de altos escalões religiosos, para saciamento de seus sentimentos carnais animalescos; o assassinato de milhares de pessoas em nome de uma chamada guerra santa, motivada por interesses econômicos mundanos; a ostentação gratuita de templos religiosos, adorando a Jesus, que foi o mais humilde de todos os homens, quando ao mesmo tempo, a humanidade nunca sofreu tanto com a pobreza e as desigualdades sociais; o pedido de dízimo e contribuição material fixa e mensal dos fiéis, com o argumento de estes estarem comprando sua vaga junto aos escolhidos na seara de nosso Pai; e outros tantos exemplos que, por si só, apresentariam material suficiente para um livro separado.

Para estes homens contestadores, diríamos: volte-se para a ciência e o raciocínio lógico; para o encontro com o Criador de todas as coisas. Não se deixem hipnotizar pela fraqueza e poder de sugestão dos chamados homens de bem, criadores das religiões Terrenas. Busquem o Pai criador através da análise crítica do mundo que os cerca e usem a ciência, que explica parcialmente a origem das coisas, mas que não encontra respostas para as perguntas fundamentais que serviriam como preenchimento das lacunas mais importantes, como estímulo à sua pesquisa pessoal. Não bloqueiem seu raciocínio para as perguntas de hoje sem respostas, e procure por nosso Pai dentro de seu templo individual, seu coração, que lhes dá a intuição de que somos criações e filhos de um Ser de inteligência infinita, e sua mente, que procura incessantemente pelo sentido da vida.

 

Espíritos: Camile Flammarion e José de Anchieta

Livro: Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião

 


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 02.06.10 às 00:05link do post | favorito

Durante estada para compromisso doutrinário na Inglaterra, entramos em contato com informações sobre um caso de lembrança de vida passada que tem despertado atenções da mídia britânica.

 

Trata-se do menino Cameron Macaulay, de seis anos, residente em Clydebank, Glasgow (Escócia). Este menino passou a comentar sobre outra mãe, mais velha, as paisagens de outra localidade que ele chamava Isle of Barra (Escócia), a 160 milhas de distância de sua cidade, e a descrever outra moradia. Seria uma casa branca, com três banheiros, e da janela de seu quarto teria visão para o mar. Sua mãe Norma declarou:

 

“Ele fala de seus antigos parentes, como seu pai faleceu, e de seus irmãos e irmãs”. Norma, de início, pensou que se tratasse da imaginação infantil, mas quando o menino passou a frequentar a escola, os comentários e informações diferentes de seu contexto de vida começaram a preocupar principalmente seus professores. Estes entraram em contato com a família de Cameron. Os episódios deixaram a família atônita.

 

Continuaram a surgir detalhes e o menino comentava que sua antiga família era religiosa, diferente da atual. Relatou sua mãe Norma:

 

“Ele também falou sobre um grande livro que utilizava para ler, e sobre Deus e Jesus. [...] Nós não somos uma família religiosa, mas sua família de Barra era”. Na sequencia, ocorreram consultas a profissionais da saúde, culminando com a indicação de um deles para que a família de Cameron procurasse um profissional que trabalhasse com casos similares.

 

Foi quando fizeram consultas com o psicólogo Jim Tucker, de Virgínia, conforme comentou a Sra. Norma Macaulay: “Ele se especializou em reencarnação e tem pesquisado outras crianças”. Este último profissional assumiu a orientação do caso, recomendando à família que realizasse registros das observações de Cameron, culminando com a viagem, realizada em fevereiro de 2006, à Baía de Cockleshell, próxima a Glasgow. Ao chegarem a Isle of Barra – a  localidade citada pelo menino –, desconhecida de todo o grupo familiar, depois de algumas buscas infrutíferas, receberam a indicação do Hotel onde poderia haver uma casa branca junto a uma baía, que teria pertencido à família Robertson. Ao chegarem com Cameron ao local indicado, surpresos, passaram a constatar os informes relatados pelo menino. Colheram dados sobre os antigos proprietários, entre os quais se incluía uma senhora já falecida. Nas pesquisas subsequentes encontraram fotos que coincidiam com informações dadas por Cameron, sobre um automóvel preto e um cão preto e branco. Outro fato interessante relatado pela mãe: “Quando pergunto-lhe qual era seu nome antes, ele responde: É Cameron.

 

Ainda sou eu”.

 

Esse caso mereceu reportagem de página inteira de autoria da jornalista Yvonne Bolouri, no periódico londrino The Sun – “The boy who lived before”–, Londres, 8/9/2006, p. 38-39), e documentário no programa de TV “Five on Monday”, no dia 18/9/2006.

 

Curiosamente outro episódio, transcorrido na Inglaterra nos anos 90, vem à tona na atualidade, em virtude do lançamento no Brasil do filme e DVD “Minha Vida na outra Vida”. Este filme é inspirado num fato real e foi adaptado do livro As Crianças de Ontem (Yesterday’s Children), depoimento da britânica Jenny Cockell, nascida em 1953 e que, em 1990, começa a ter visões da sua última encarnação nos primeiros anos da década de 30. Surgem detalhes de seu relacionamento, como Mary, com os antigos filhos e o difícil marido. Mary desencarnou em 1932, em decorrência de parto e, pelo fato de seu marido ser alcóolatra e violento, em desespero, o filho mais velho entregou os irmãos a um orfanato dedicado à adoção de menores. Jenny Cockell, intrigada com as visões, mas contando com a cooperação de seu marido e do filho adolescente, procurou apoio de profissionais da saúde e recebeu a orientação para a averiguação dos fatos. Dirigiram-se à cidade da Irlanda, que via nos sonhos e descrevia aos familiares, e passaram a procurar os locais a que ela se referia e também a família dos anos 30. Depois de minuciosa procura em registros e entrevistas com pessoas mais idosas, acabaram localizando o filho mais velho de Mary, o mais ligado a ela, agora na faixa dos 70 anos.

 

Vários episódios das visões de Jenny foram constatados e facilitaram as identificações, a partir das entrevistas com o surpreso e assustado filho mais velho de Mary.

 

Em seguida, foram localizados os demais filhos de Mary, restabelecendo-se contatos entre os irmãos já envelhecidos, separados após as adoções que se seguiram à morte da mãe.

 

O depoimento de Jenny Cockell é surpreendente e contribui para os estudos sobre evidências de reencarnação. No filme, produzido nos Estados Unidos, com algumas alterações de finalidades comerciais, Jenny é interpretada pela atriz Jane Seymour. Este filme tem valor também histórico, pois pela primeira vez um filme retrata um caso real de reencarnação (www.dvdversatil.com.br).

 

Os dois casos recentes da Grã-Bretanha se somam a milhares de outros estudados em várias partes do mundo, relacionados com memória de vidas anteriores e marcas de nascimento. Nos anos 70, o Dr. Hemendra Nath Banerjee (1929-1985), da Índia, se destacou neste tipo de pesquisa. Em seguida, notabilizou-se o Dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia (EUA), autor de inúmeros artigos e de vários livros, inclusive de Reencarnação e Biologia: Uma Contribuição à Etiologia das Marcas e Defeitos de Nascimento (Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects, Praeger Publishers, 1997) com 2.080 páginas e em dois volumes.

 

Em nosso país, Hernani Guimarães Andrade (1913-2003) também se dedicou ao estudo de casos que sugerem reencarnação e publicou a obra Reencarnação no Brasil (O Clarim, 1988).

 

As questões de O Livro dos Espíritos, no item “Esquecimento do passado” (cap. VII, Parte Segunda) deixam claras as razões para o  esquecimento, mas esclarecem que “[...] muitos sabem, o que foram e o que faziam” (questão 395) e alertam: “Algumas vezes, é uma impressão real; mas também, frequentemente, não passa de uma mera ilusão, contra a qual precisa o homem pôr-se em guarda, porquanto pode ser efeito de superexcitada imaginação” (questão 396). No capítulo VIII (questão 455), ao comentar sobre os fenômenos do sonambulismo, do êxtase e da dupla vista, o Codificador chama a atenção para estas vias de obtenção de informações:

 

“Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais do que um fenômeno psicológico, é uma luz projetada sobre a psicologia. É aí que se pode estudar a alma, porque é onde esta se mostra a descoberto. [...]”

 

O protocolo de pesquisa e o trabalho dos estudiosos sobre reencarnação preveem a separação das várias situações e influenciações para se identificar os que realmente passam a ser casos sugestivos ou evidências de reencarnação.

 

Sem dúvida, os casos constatados de vidas passadas representam uma das situações em que se projeta luz para a melhor compreensão da alma humana.

 

Reformador Fev.07


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publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 01.06.10 às 00:01link do post | favorito

 

Parte I

Para quem gosta de histórias de horror, a Bíblia é um prato cheio. Escondido no meio de milhares de versículos, podemos topar com cenas de arrepiar os cabelos.

 

Em Gênesis, por exemplo, encontramos um episódio, no mínimo, bizarro. Como todos sabem, Abraão foi o patriarca dos Hebreus. Com seu pai, sua mulher e seu sobrinho Lot, Abraão saiu da cidade de Ur, no baixo Eufrates. Encaminharam-se para Harrã, nas cabeceiras do mesmo rio, uma cidade santa dedicada ao culto de Sin, o deus-lua, o mais importante do panteão sumeriano. Depois, Lot se separou de Abraão e foi morar em Sodoma, a cidade do pecado.

 

Conta a Bíblia que, certa vez, Lot hospedou dois anjos em sua casa. À noite, alguns homens de Somorra bateram à porta de Lot e disseram-lhe que sabiam que ele tinha dois hóspedes e que eles, os homens de Sodoma, queriam ter relações sexuais com os visitantes. Quem duvidar que confira: Gênesis 19.

 

Lot ficou apavorado. Para acalmar os tarados, disse que tinha duas filhas virgens e que as daria para os homens, a fim de poupar seus hóspedes. Poderiam fazer o que quisessem com suas filhas.

 

Os homens de Sodoma não aceitaram a proposta e invadiram a casa. Então, os anjos cegaram os homens e mandaram Lot fugir de Sodoma, que seria destruída por Deus.

 

Os horrores continuam. Depois que fugiram de Sodoma, as filhas de Lot disfarçaram-se de prostitutas, embebedaram o pai com vinho e tiveram relações sexuais com ele, a fim de “preservar sua raça”. Das relações incestuosas nasceram Moab e Amon, patriarcas dos moabitas e dos amonitas, tribos árabes vizinhas de Israel.

 

Antes deste espetáculo grotesco, encontramos outra cena curiosa. O Deus bíblico de então, que ainda não tinha revelado seu nome aos hebreus (Iavé), disse a Abraão que iria destruir Sodoma. Assustado com a ameaça divina, Abraão pergunta a Deus o que faria se houvesse em Sodoma cinqüenta homens de bem. Deus disse que não destruiria a cidade, em respeito aos cinqüenta homens de bem. Abraão anima-se e começa a pechinchar com Deus. Pergunta o que Deus faria se houvesse apenas quarenta e cinco homens de bem. Deus atende à pechincha e diz que pouparia a cidade. Depois Abraão baixa para quarenta, e Deus concorda. No fim, Deus concorda em não destruir a cidade se encontrasse apenas dez homens de bem.

 

O que é assustador nesta conversa é a noção antropomórfica do Deus do Antigo Testamento. O Deus dos primeiros capítulos da Bíblia, embora seja todo-poderoso, criador dos céus e da terra, é uma figura humana, com pernas e braços, cabeça, e certamente uma respeitável barba. Possivelmente tem uma esposa e até uma residência que, de acordo com o velho testamento, é o Templo de Salomão, que, aliás, foi destruído por Tito Flávio Vesásiano há quase dois milênios.

 

Em outro local, depois que Adão e Eva cometeram o pecado original, sentem vergonha de Deus. Quando pressentem que Deus se aproxima, escondem-se dele atrás de um arbusto. Diz o texto sagrado que Deus estava aproveitando “a fresca da manhã”.

 

Este é o livro mais vendido no mundo, e o mais respeitado. Consta que foi escrito sob inspiração divina, como se o próprio Deus o tivesse escrito.

 

Ele é tão respeitado que, em alguns tribunais, as pessoas fazem juramento com as mãos sobre a Bíblia. A explicação é simples. Embora a Bíblia seja livro mais vendido de todos os tempos, é também o menos lido.

 

Parte II

“Não matarás”, reza o sexto mandamento de Jeová (Êxodo 20:13). Segundo a tradição, a Bíblia foi escrita sob inspiração divina, como se o próprio Deus a tivesse escrito.

 

Se Deus é infinitamente bondoso, é inconcebível que ele cometa a mínima crueldade com qualquer ser humano. Assim pensam os que veneram a Bíblia. Veneram porque não a leram.

 

Este Deus, criador dos céus e da terra, não poderia ser bom para uns e mau para outros. No entanto, podemos encontrar na Bíblia um desfile de horrores, que nada fica a dever aos filmes de Frankenstein. Quem não acreditar, que confira.

 

No começo do segundo milênio AC, Jeová, o deus do Antigo Testamento, retira Abraão e sua família da cidade de Ur, na baixa Mesopotâmia, e dá-lhes de presente uma terra “onde corre leite e mel”, a lendária Canaã (Palestina).

 

Jeová, o mesmo que disse “não matarás”, diz, com todas as letras que, para se apossarem da terra que lhes foi ofertada, eles têm que aniquilar sete nações (Deuteronômio, 7:1-6): “Quando o senhor teu Deus te introduzir na terra à qual passará a possuir, e tiver lançado muitas nações diante de ti, os heteus, os girgaseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus, os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirá; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas... Derribareis os seus altares, quebrareis suas colunas, cortareis os seus postes-ídolos e queimareis suas imagens de escultura”.

 

As ordens de Jeová são claras, como em Deuteronômio 7:16: “E tens que consumir todos os povos que Jeová, teu Deus,  te dá. Teu olho não deve ter pena deles...”.

 

Em Deuteronômio 13:15-16, o rol de barbaridades atinge o clímax: “Então, certamente, ferirás a fio de espada os moradores daquela cidade, destruindo-a completamente e tudo o que nela houver, inclusive os animais domésticos. Ajuntarás os despojos no meio da praça e a cidade e todo o seu despojo queimarás por oferta total ao Senhor, teu Deus, e será montão perpétuo de ruínas, e nunca mais se edificará”.

 

Estas barbaridades são apenas uma amostra do verdadeiro festival de horrores do Antigo Testamento. No entanto, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo – católicos, protestantes, evangélicos e judeus – consideram este livro a voz de um Deus justo, bondoso, misericordioso, criador dos céus e da terra, que oferece aos homens a oportunidade de salvação eterna em um céu ou um paraíso.

 

Quantas pessoas foram mortas obedecendo as ordens de Jeová? Qual a quantidade de sofrimento causada pelo aniquilamento dessas nações?

 

Este mesmo Deus, tão misericordioso, não só pregou as barbaridades que são encontradas na Bíblia como, por meio de seus auto-designados representantes, ainda ameaça com a crueldade infinita do inferno àqueles que, embora tenham levado uma vida santa, esqueceram-se de ir à missa aos domingos ou deixaram de confessar o último pecado.

 


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