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Se os Espíritos reencarnam, e consequentemente transitam do plano físico para o espiritual e vice-versa, como justificar o crescimento da população mundial?
No início da Era Cristã havia perto de trezentos milhões de habitantes na Terra. Seremos oito bilhões em 2020, vinte e sete vezes mais.
De onde essa gente toda vem se é sempre a mesma gente que vai?
Esse, amigo leitor, é o mais frequente questionamento dos que combatem o princípio das vidas sucessivas.
Há os ingênuos, que não se dão ao trabalho de estudar o assunto.
Pior são os espertos que, embora conhecendo a resposta, faltam à verdade com a intenção de dar um nó em nossos miolos.
Segundo informações da Espiritualidade, através de médiuns confiáveis, como Chico Xavier, nosso planeta tem vinte e cinco bilhões de Espíritos que aqui desenvolvem experiências evolutivas. Aproximadamente seis bilhões e setecentos milhões encarnados; os restantes, desencarnados.
Portanto, a população pode crescer à vontade. Enquanto não se exaurirem os recursos do Planeta, sempre haverá gente de lá para cá aportar.
Ainda que toda a população planetária possa, hipoteticamente, encarnar, não haverá problema.
Espíritos de outros mundos aqui aportarão, obedecendo à migração interplanetária, já que não são estanques suas coletividades.
E mais: nunca faltarão Espíritos para compor populações em qualquer estância do Universo, porquanto a Criação é infinita.
Diante de fariseus e saduceus orgulhosos da descendência de Abraão, João Batista, o precursor, dizia, significativamente (Mateus,3:9):
Não penseis que basta dizer: temos por pai a Abraão. Eu vos digo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
Simbolismo ilustrativo.
Deus cria incessantemente Espíritos para povoar o Universo.
São mais numerosos na vastidão do infinito do que os átomos que compõem o mar de pedras que há na Terra.
Sempre os teremos para aqui encarnar, se assim o Criador o desejar.
Indagará você, leitor amigo: Por onde andam os perto de dezoito bilhões e trezentos milhões de moradores do Além?
Digo-lhe que depende da condição espiritual.
Essa população desencarnada estende-se em vários níveis, a partir da crosta terrestre. Por aqui, trombando com os homens, há grande parcela de Espíritos que, libertando-se dos laços da matéria pelo fenômeno da morte, permanecem presos aos vícios e paixões que caracterizam o comportamento de muita gente.
Vivem como se fossem encarnados.
Convivem conosco. Influenciam-nos e não raro nos exploram e oprimem, na medida em que nos rendamos à sua influência.
Surpreendido ao tomar conhecimento dessa realidade, um amigo indagava:
– Se for tomar banho, eles me verão? Haverá outras indiscrições?
Depende de nós, de estarem abertas ou fechadas as portas de nosso lar a essas influências.
Se o ambiente é desajustado, se há vícios e destemperos; se membros do agrupamento familiar não cultivam a oração e um sentido idealista de vida, fatalmente perderemos a privacidade.Muitos de nossos problemas de saúde, desvios de comportamento, vícios e paixões, surgem e se agravam a partir dessa presença.
Se cultivarmos os valores do Cristo, no empenho de renovação, no esforço do Bem, estaremos resguardados.
Há o velho ditado:
Diz-me com quem andas e te direi quem és.
Com pequena alteração podemos aplicá-lo em relação às influências espirituais:
Diz-me como fazes e te direi a natureza das influências que te cercam.
Em última instância, sempre dependerá de nós.
Há a indefectível questão do esquecimento, sempre evocado quando se pretende contestar a reencarnação.
Se estamos pagando dívidas, se sofremos dores e dissabores relacionados com nossos comprometimentos do pretérito, não seria mais fácil e coerente tomar conhecimento deles? Não estaríamos mais conformados, aceitando melhor o disciplinamento da mestra Dor?
Puro engano. Durante anos, visitei prisões e raramente encontrei alguém que julgasse justa a sua condenação. A maioria esperneia, revolta-se, cuida de fugir…
– Achei uma mala cheia de dinheiro, veio a polícia e me prendeu sob a alegação de que a havia roubado.
– Tropecei num cadáver ensanguentado e manchei minhas roupas.
Não adiantou explicar. Condenaram-me por um crime que não cometi!
– Bandidos perversos enfiaram-me num automóvel e me obrigaram a acompanhá-los num assalto. Absurdo ser acusado de mentor do bando!
– Estava amolando uma faca quando o elemento tropeçou e caiu sobre a lâmina, que entrou em seu peito e atingiu o coração.
Da mesma forma, imagino as pessoas recordando suas defecções do passado, a clamarem aos céus:
– Não me conformo ter nascido com a língua presa, como se tivesse sido contumaz fofoqueiro.
Afinal, na vida anterior nada fiz senão defender a verdade, revelando as faltas alheias.
– Deus foi injusto comigo, dando-me um corpo debilitado, braços frágeis. Logo eu, que na vida anterior defendia a justiça, ao espancar aqueles que me contrariavam.
Portanto, caro leitor, não vejo porque teríamos maior facilidade para enfrentar o resgate de nossos débitos, lembrando a origem deles.
Examinemos objetivamente a questão.
A família humana está na Terra há pelo menos duzentos mil anos.
Estimativa modesta, porquanto se calcula que o ser pensante surgiu há pelo menos um milhão de anos.
Estabelecida uma média de cinco reencarnações a cada milênio, o que é, também, um cálculo modesto, teríamos muita gente com centenas de reencarnações. Mesmo Espíritos mais jovens certamente por aqui passaram, em existências breves, longas, médias; experiências variadas – homem, mulher, europeu, asiático, americano, africano, nas alternâncias evolutivas...
Quando é curto o intervalo entre reencarnações, o Espírito pode guardar fortes lembranças da personalidade anterior, algo perturbador, gerando uma confusão terrível em sua cabeça.
Imaginemos o que seria a sobreposição de incontáveis personalidades de vidas anteriores em nosso mundo íntimo. Toda uma população convivendo na caixa craniana! Não haveria juízo que resistisse.
Consideremos a oportunidade do recomeço:
Um homem é condenado por ter cometido atrocidades, criminoso famigerado.
Após anos de prisão, a consciência desperta, atormenta-se pelos crimes praticados.
Ao sair da prisão, qual seria o seu grande desejo, em relação ao assunto?
Ah! Se pudesse esquecer e começar tudo de novo, num lugar onde ninguém o conhecesse, nem o discriminasse pelo seu passado!
É exatamente o que a reencarnação nos faculta, oferecendo-nos infinitas chances de reabilitação.
Há o problema da convivência entre desafetos.
Diz Kardec, quando aborda a questão do esquecimento do passado, no capítulo V, item 11, de O Evangelho segundo o Espiritismo:
Frequentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido.
A sabedoria divina costuma reunir no lar desafetos do passado, a fim de que superem suas desavenças e se harmonizem diante das leis divinas.
Mas, como ensaiaríamos uma reconciliação, se tivéssemos conhecimento dos males que nos fez o familiar de hoje, nosso inimigo ontem?
Seria impossível a convivência.
O esquecimento é uma bênção.
Kardec acrescenta:
Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas.
Priva-nos do que nos seria prejudicial.
Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações. (Op. cit., cap. V, item 11.)
Esquecemos o passado, em nosso benefício, mas não perdemos o fruto de nossas experiências, do que fomos, a se manifestarem em tendências instintivas.
A maior facilidade que todos experimentamos em relação a determinada atividade é fruto de nossas vivências anteriores.
Não raro, essas experiências são tão marcantes e persistentes, envolvendo milênios de aprendizado, que o Espírito, ao reencarnar, revela, desde a mais tenra infância, surpreendente vocação.
Tal acontece com as crianças geniais.
Noutro dia vi uma japonesinha de apenas cinco anos, cega, tocando música erudita com desenvoltura, num programa de televisão.
Espantoso!
Casos assim multiplicam-se na atualidade. Como explicar essa incrível precocidade, sem admitir que são Espíritos com largo aprendizado em vidas anteriores?
De qualquer ângulo que o apreciemos, leitor amigo, podemos constatar que o esquecimento é fruto da Misericórdia Divina, para que possamos cuidar do presente sem nos perturbarmos com o passado, em favor do futuro de bênçãos.
Richard Simonetti
Reformador Jun/09
Não é possível precisar o número exato, já que não se pode contabilizar quantos morreram no dilúvio, ou em Sodoma e Gomorra, e em outros incontáveis massacres. Portanto vamos considerar apenas os números explícitos na bíblia.
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quantidade |
Total |
A mulher de Ló, por olhar para trás. [Gn 19:26] |
1 |
1 |
Er, por ser mau aos olhos do Senhor. [Gn 38:7] |
1 |
2 |
Onan, por derramar sua semente. [Gn 38:10] |
1 |
3 |
Por adorarem o bezerro de ouro. [Ex 32:27-28] |
3.000 |
3.003 |
Por blasfemar. [Lv 24:10-23] |
1 |
3.004 |
Por recolher lenha no sábado. [Nm 15:32-36] |
1 |
3.005 |
Corá, Datã e Abirão, e suas famílias. [Nm 16:27] |
12 |
3.017 |
Queimados vivos por oferecer incenso. [Nm 16:35] |
250 |
3.267 |
Por reclamar. [Nm 16:49] |
14.700 |
17.967 |
Por se prostituir com as filhas de Moabe. [Nm 25:9] |
24.000 |
41.967 |
Massacre midianita. [Nm 31:1-35] |
90.000 |
131.967 |
Acã e sua família. [Js 7:24-26] |
5 |
131.972 |
Ataque a Ai. [Js 8:1-25] |
12.000 |
143.972 |
Cananeus e farizeus. [Jz 1:4] |
10.000 |
153.972 |
Eúde mata em nome de Deus. [Jz 3:15-22] |
1 |
153.973 |
Moabitas. [Jz 3:28-29] |
10.000 |
163.973 |
Midianitas forçados a matar uns aos outros. [Jz 7:2-22] |
120.000 |
283.973 |
O espírito do Senhor vem até Sansão. [Jz 14:19] |
30 |
284.003 |
Mais uma vez Sansão se enche de Espírito Santo. [Jz 15:14-15] |
1.000 |
285.003 |
Deus ajuda Sansão a matar. [Jz 16:27-30] |
3.000 |
288.003 |
Mais benjamitas. [Jz 20:44-46] |
25.000 |
313.003 |
Por olhar dentro da arca do Senhor. [I Sm 6:19] |
50.070 |
363.073 |
Filisteus. [I Sm 14:12] |
20 |
363.093 |
Samuel mata Agague (por ordem de Deus). [I Sm 15:32-337] |
1 |
363.094 |
Deus feriu Nabal. [I Sm 35:28] |
1 |
363.095 |
Uzá, por tentar impedir a arca de cair. [II Sm 6:6-7] |
1 |
363.096 |
O filho de Davi, ainda bebê. [II Sm 12:14-18] |
1 |
363.097 |
Sete filhos de Saul enforcados diante do Senhor. [II Sm 21:6-9] |
7 |
363.104 |
Punição pelo censo de Davi. [II Sm 24:13] |
70.000 |
433.104 |
Um profeta por acreditar na mentira de outro profeta. [I Rs 13:1-24] |
1 |
433.105 |
Deus entrega os sírios. [I Rs 20:28-29] |
100.000 |
533.105 |
Deus faz uma parede cair sobre soldados sírios. [I Rs 20:30] |
27.000 |
560.105 |
Deus envia um leão matar um homem por não matar um profeta. [I Rs 20:35-36] |
1 |
560.106 |
Queimados vivos por Deus. [II Rs 1:9-12] |
102 |
560.208 |
Deus envia dois ursos para matar 42 crianças. [II Rs 2:23-24] |
42 |
560.250 |
Morreu por não crer em Elias. [II Rs 7:17-20] |
1 |
560.251 |
Jezebel. [II Rs 9:33-37] |
1 |
560.582 |
Deus mandou leões matar alguns estrangeiros. [II Rs 17:25-26] |
3 |
560.585 |
Assírios. [II Rs 19:35] |
185.000 |
745.585 |
Saul. [I Cr 10:14] |
1 |
745.586 |
Deus entrega Israel nas mãos de Judá. [II Cr 13:15-17] |
500.000 |
1.245.586 |
Jeroboão. [II Cr 13:20] |
1 |
1.245.587 |
O Senhor entregou os etíopes. [II Cr 14:9-14] |
1.000.000 |
2.245.587 |
Jeroão. [II Cr 21:14-19] |
1 |
2.245.588 |
A mulher de Ezequiel. [Ez 24:15-18 ] |
1 |
2.245.589 |
Ananias e sua esposa. [At 5:1-10] |
2 |
2.245.590 |
Herodes. [At 12:23] |
1 |
2.245.591 |
Então é isso... a contagem nesse momento está em dois milhões, duzentos e quarenta e cinco mil, quinhentos e noventa e uma mortes, todas provocadas ou ordenadas por Deus.
Vale lembrar que esse número, apesar de grande, é apenas uma pequena parcela das mortes supostamente cometidas por Deus, já que não há como calcular as diversas mortes ocorridas em massacres à povos não mencionados na bíblia.
Juízes
Deus designa Judá para suceder Josué. Deus entrega os inimigos em suas mãos e cerca de 10.000 homens são mortos. No processo, eles capturam Adoni-Bezeque "e lhe cortaram os dedos polegares das mãos e dos pés." Sujeitos agradáveis. [1:2-6]
"Eles mataram os " cananeus que habitavam em Zefate, e totalmente a destruíram". (Você pode imaginar o número de pessoas inocentes que ele matou?) [1:17, 1:19]
Os espiões israelitas mataram todo mundo em Betel, com exceção do homem (e a família dele) que lhes mostrou como entrar na cidade. [1:25]
Eúde entrega uma "mensagem de Deus" para Eglom, rei dos moabitas. A tal mensagem de Deus consistia em uma espada, que foi cravada na barriga do rei "de tal maneira que entrou até à empunhadura... e saiu-lhe o excremento." Apenas mais uma adorável história da Bíblia. [3:15-22]
Deus entrega outros povos nas mãos dos seus escolhidos. "E, naquele tempo, feriram dos moabitas uns dez mil homens... e não escapou nenhum." [3:28-29]
Sangar mata 600 filisteus com um ferrão de bois. Glória à Deus. [3:31]
"E o SENHOR derrotou a Sísera... e todo o seu exército a fio de espada... até não ficar um só." [4:15-16]
Jael (nossa heroína) oferece comida e abriga a um viajante (Sísera, o capitão de Jabim), dizendo "Retira-te, senhor meu... não temas." Então depois de lhe dar um copo de leite e o cobrir, ela crava uma uma estaca na cabeça dele. "Assim, Deus, naquele dia, sujeitou a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel." [4:17-23]
Por assassinar o seu convidado enquanto dormia, Jael é "Bendita sobre as mulheres." (Deus a bendiz por assassinar alguém?) [5:24-26]
"Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos!" (E roube todos os seus pertences.) [5:31]
Quando Gideão e seus companheiros tocarem as trombetas, Deus fará todos os soldados inimigos matarem-se uns aos outros. [7:22]
São mortos dois príncipes e as suas cabeças são trazidas a Gideão. [7:25]
Por recusar alimentar o seu exército, Gideão rasga a carne dos anciões de Sucote e mata os homens da cidade. [8:7, 8:16]
Gideão ordena que seu filho mate dois reis, mas ele se recusa. Assim Gideão teve que fazê-lo já que seu filho não teve coragem o bastante para fazer isto. [8:20]
Abimeleque mata 70 irmãos com uma pedra. (Ele estava tentando entrar para o Guinness.) [9:5]
Deus envia espíritos maus entre os humanos. [9:23]
Deus golpeia todos em Seom e dá a terra deles para os israelitas. [11:21]
"Assim possuiremos nós (os israelitas) todos quantos o SENHOR, nosso Deus, desapossar de diante de nós." [11:24]
Quando "o espírito de Deus" veio sobre Jefté, ele faz um trato com Deus: Se Deus lhe ajudar a matar os amonitas, então ele oferecerá a Deus em holocausto tudo o que sair da sua casa ao seu encontro. Deus mantém a palavra proporcionando para Jefté uma "grande mortandade." Mas aconteceu que a filha sem nome de Jefté saiu ao encontro do pai para o cumprimentar (quem ele esperava, a sua esposa?). Bem, negócio é negócio, então ele entrega a própria filha a Deus como oferenda - depois de a deixar dois meses lamentando sua virgindade nas montanhas. [11:29-39]
São mortos 42.000 homens porque alguém não soube pronunciar a senha. [12:6]
Sansão rasga um leão jovem quando "o Espírito do SENHOR se apossou dele". Depois, quando veio "tomar" a esposa filistéia, ele nota um enxame de abelhas e mel na carcaça do leão (um milagre divino - ou seria apenas carne podre e insetos?). [14:5-8]
"Então, o Espírito do SENHOR tão possantemente se apossou dele (Sansão), e... matou trinta homens." (Sansão poderia ter sido uma pessoa decente se ele pudesse ter evitado o espírito de Deus.) [14:19]
Sansão pega 300 raposas, amarra os rabos delas, e ateia fogo a eles; os filisteus queimam a ex-esposa de Sansão e o sogro; e Sansão "feriu-os com grande ferimento, perna juntamente com coxa". [15:4-8]
"O Espírito do SENHOR possantemente se apossou dele" e ele "achou uma queixada fresca de um jumento" e com isto, matou 1.000 homens. [15:14-15]
Sansão, com a ajuda de Deus, mata 3.000 filisteus (homens e mulheres) fazendo um telhado desmoronar. [16:28-30]
Depois de levar um levita peregrino para sua casa, o anfitrião oferece a sua filha virgem e a concubina do convidado dele a uma bando de pervertidos (que querem ter sexo com o convidado dele). O bando recusa a filha, mas aceita a concubina "e abusaram dela toda a noite." Pela manhã ela rasteja até o degrau da porta "onde estava seu senhor". O levita põe o corpo já morto sobre um jumento. Então ele pica o corpo em doze pedaços e os envia a cada uma das doze tribos de Israel. [19:22-30]
Deus diz para os israelitas enviarem a tribo de Judá para a batalha e 22.000 homens são mortos pelos filhos de Benjamim. [20:18, 20:21]
Deus lhes diz para lutarem novamente e outros 18.000 foram mortos. [20:23, 20:25]
Finalmente, Deus entra na briga e mata "vinte e cinco mil e cem homens de Benjamim." [20:35, 20:37]
Os homens de Israel não estavam dispostos a darem suas filhas aos benjamitas. Assim as outras tribos atacaram e mataram todos os ocupantes de uma cidade com exceção das virgens jovens, e então estas foram dadas aos benjamitas como esposas. [21:7-23]
I Samuel
"O SENHOR é o que tira a vida... " - ele tem toda chance disso. [2:6, 2:25]
Serão "quebrantados" os adversários de Deus; e "desde os céus, trovejará sobre eles." Se Deus não gostar de você, ele enviará um temporal de modo que quebre seu corpo em pedaços. [2:10]
Deus matará aqueles que pecam contra ele. [2:25]
Se você não segue a Deus, ele cortará seu braço, consumirá seus olhos, afligirá seu coração, e matará seus filhos e avôs. [2:31-34]
Deus fere as pessoas de Asdode com hemorróidas "nas partes secretas". [5:6-12]
"Porque havia mortal vexação em toda a cidade, e a mão de Deus muito se agravara ali." [5:11]
Deus mata 50.070 homens por terem olhado na arca. "Então, o povo se entristeceu, porquanto o SENHOR fizera tão grande estrago entre o povo." [6:19]
"Farei aliança convosco: que a todos vos arranque o olho direito." Acordos deste tipo só podem ser achados na Bíblia. [11:2]
"O Espírito de Deus se apoderou de Saul... E tomou um par de bois, e cortou-os em pedaços, e os enviou a todos os termos de Israel." As pessoas fazem coisas macabras quando o espírito de Deus as possui! [11:6-7]
"Saul... e feriram a Amom, até que o dia aqueceu." Então ele deu um pequeno intervalo. Afinal de contas, matar é trabalho duro. [11:11]
Deus entrega os filisteus nas mãos de Jônatas. "E sucedeu esta primeira derrota... feriram até uns vinte homens." Não está ruim por ser a primeira matança. [14:12-14]
Sob a influência de Deus, os filisteus mataram-se uns aos outros. [14:20]
Mais tarde, Saul e o seu exército matam aqueles que ainda não tinham sido mortos. [14:36]
Deus ordena que Saul mate todos os amalequitas: homens, mulheres, crianças, bois, ovelhas, camelos, e jumentos. Por que? Porque Deus se lembra o que Amaleque fez centenas de anos atrás. [15:2-3]
Saul matou todo o mundo mas poupou Agague (o rei) e os melhores animais. E Deus ainda estava furioso com Saul por não ter matado a todos como lhe havia dito. Então ele disse, "Arrependo-me de haver posto a Saul como rei." [15:7-26]
Saul é reprovado por Samuel porque "não deste ouvidos à voz do SENHOR" matando a todos os amalequitas. [15:18-19]
Porque Saul não matou a todos como lhe foi ordenado, Deus muda de idéia quanto a ele ser rei. [15:23-26]
Para agradar a Deus, Samuel corta Agague em pedaços "perante o SENHOR" (eu aposto que Deus adorou isto!) - depois dele suplicar dizendo, "Na verdade, já passou a amargura da morte." [15:32-34]
Depois que Deus rejeita Saul por ele se recusar a matar indiscriminadamente, Deus envia Samuel para que ache outro rei. Davi é escolhido e ungido por Samuel, e "o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi." [16:13]
"Um espírito mau, da parte do SENHOR." Mas se Deus é bom, como ele pode ter um espírito mau? [16:14-16, 16:23]
Davi mata Golias com sua funda, o decapita, e leva a cabeça para Jerusalém. [17:51-57]
Davi e Saul estão numa espécie de competição para ver quem pode matar mais pessoas para Deus, e as mulheres agem como animadoras dizendo, "Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares." [18:6-7]
Davi mata 200 filisteus e traz os prepúcios deles para comprar a sua primeira esposa, (Mical, filha de Saul). Saul só tinha pedido 100 prepúcios, mas Davi estava se sentindo generoso. [18:25-27]
"E saiu Davi, e pelejou contra os filisteus, e feriu-os de grande ferida." [19:8]
Saul mata 85 sacerdotes e todos os homens, mulheres, crianças e animais na cidade de Nobe. [22:18-19]
"E consultou Davi ao SENHOR, dizendo: Irei eu e ferirei estes filisteus? E disse o SENHOR a Davi: Vai, e ferirás os filisteus... e fez grande estrago entre eles." [23:2-5]
Davi jura matar todos os inimigos dele, "mesmo até um menino." [25:22, 22:34]
"E aconteceu que, passados quase dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu." Isto foi conveniente para Davi que então tomou a propriedade dele e sua esposa, Abigail. [25:38]
"E Davi feria aquela terra, e não dava vida nem a homem nem a mulher." (Deus gostava muito de David!). [27:8-11]
Saul visita uma feiticeira e ela traz Samuel dos mortos. Samuel explica que Deus está bravo com Saul por não matar todos os amalequitas. Ele diz que Deus vai entregar todos de Israel nas mãos dos filisteus. (Desde que Saul se recusou a matar pessoas inocentes, Deus matará os israelitas. Justiça seja feita.) [28:8-19]
Davi passa o dia matando os amalequitas. Eles são novamente destruídos. (Veja em [15:7-8, 15:20 e 27:8-9] as últimas duas vezes que eles foram exterminados.) [30:17]
II Samuel
Davi diz para um de seus "jovens" matar o mensageiro amalequita que reivindicou ter matado Saul a pedido dele próprio. [1:15]
Abner a Joabe assistem como os jovens "jogam" um jogo cruel. "E cada um lançou mão da cabeça do outro, meteu-lhe a espada pelo lado, e caíram juntamente." [2:14-16]
Abner golpeia Asael debaixo da "quinta costela". (Parece que em II Samuel, este é o lugar preferido para golpear alguém. [3:27, 4:6, 20:10]) [2:23]
Quando Joabe (o capitão de Davi) mata Abner (golpeando-o abaixo da quinta costela), Davi diz que ele e o seu reino não são responsáveis. A culpa, ele diz, "Fique-se sobre a cabeça de Joabe." Assim Davi amaldiçoa Joabe, sua família, e os descendentes dele para sempre. Serão contaminados com doenças venéreas e lepra, necessitarão de bengalas, passarão fome a morrerão pela espada. [3:27-29]
Alguns dos homens de Davi matam o filho de Saul (golpeando-o abaixo da quinta costela, claro!) e traz a cabeça dele para Davi, pensando que seria de seu agradado. Mas não foi. Davi mata os assassinos e suas mãos e pés são cortados e levados para o tanque de Hebrom (para decoração?). [4:6-12]
Quem mata um manco ou cego será o "cabeça e capitão" (de Davi). [5:8]
"E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, Deus dos Exércitos, era com ele." [5:10]
Davi pergunta a Deus se ele deveria matar um pouco mais de filisteus. Deus diz que sim, e que o ajudará. Assim Davi e Deus golpearam os filisteus novamente. [5:19, 5:25]
Uzá tenta impedir que a arca caia do carro, e Deus o mata por isto. Eu imagino que este era o modo de Deus dizer Obrigado. [6:6-7]
Davi mata dois terços dos moabitas e escraviza o resto. Ele também incapacita os cavalos capturados. [8:2-4]
"Davi feriu dos siros vinte e dois mil homens.... e o SENHOR guardou a Davi por onde quer que ia." [8:5-6, 8:14]
Davi manda Joabe (o capitão dele) enviar o marido de Bate-Seba (Urias) para a "frente da maior força da peleja ... para que seja ferido e morra." Deste modo, Davi adquire outra esposa. [11:15, 11:17, 11:27]
Para castigar Davi por ter morto Urias, Deus mata o bebê de Bate-Seba. [12:14-18]
Davi serra, corta, e queima os habitantes de várias cidades. Talvez isto seja o que significa "as santas e fiéis bênçãos de Davi" [At 13:34]. [12:31]
Absalão manda seus servos matarem o irmão por estuprar sua irmã. (Este capítulo que inclui incesto, estupro e assassinato, deveria ser censurado.) [13:28-29]
O pobre Absalão é pendurado em uma árvore, e antes dele poder se livrar, Joabe lhe crava três dardos no coração. [18:14]
Amasa é morto por Joabe que "derramou por terra as entranhas... E Amasa estava envolto no seu sangue no meio do caminho." [20:10, 20:12]
"E cortaram a cabeça de Seba... e a lançaram a Joabe." [20:22]
Uma fome é enviada ao reino de Davi durante três anos. Quando Davi pergunta a Deus por que, Deus responde: "É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas." Assim Deus enviou uma fome para castigar um reino de algo que um rei anterior tinha feito. [21:1]
Para satisfazer a Deus e terminar com a fome causada pelo seu antecessor (Saul), Davi concorda "de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR." [21:6-9]
"Instrui as minhas mãos para a peleja..." Deus é perito nisto!. [22:35]
"E deste-me o pescoço de meus inimigos, daqueles que me tinham ódio, e os destruí." [22:41]
O chefe dos capitães de Davi matou com a própria lança 800 sujeitos de uma vez só. [23:8]
Deus oferece a Davi uma escolha de castigos por ter administrado o censo: 1) sete anos de escassez ([I Cr 21:12] diz três anos), 2) três meses fugindo de inimigos ou, 3) três dias de pestes. Como Davi não pôde decidir, Deus escolhe por ele e envia uma peste, matando 70.000 homens (e provavelmente 200.000 mulheres e crianças que viviam junto deles). [24:13-15]
I Reis
As últimas palavras de Davi ao seu filho Salomão são para que mate Joabe. [2:1-9]
Salomão manda matar seu irmão Adonias. [2:24-25]
Salomão cumpre as instruções no leito de morte do pai Davi, sendo Joabe assassinado. [2:29-34]
Salomão justifica o assassinato de Joabe dizendo que ele também era um assassino, e que "recairá o sangue destes sobre a cabeça de Joabe e sobre a cabeça da sua semente para sempre." [2:33]
Mas Salomão ainda não terminou os assassinatos. Simei é morto - ou como ele coloca isto, "O SENHOR fez recair a tua maldade sobre a tua cabeça." [2:44, 2:46]
Quando a arca do concerto foi trazida ao templo, Salomão matou tantos animais que não puderam ser contados. [8:5]
Para consagrar o templo, Salomão mata 22.000 vacas e 120.000 ovelhas. Todo esse sangue deve ter feito Deus se sentir muito feliz. [8:63]
Joabe (o capitão de Davi) gastou seis meses matando todos os homens em Edom. [11:16]
O rei Josias é profetizado sacrificando os sacerdotes "dos altos" sobre o altar. E assim ele faz em [II Rs 23:20]. Note que este é um sujeito que "fez o que era reto aos olhos do SENHOR." [II Rs 22:2]. [13:2]
Deus seca e depois restabelece a mão do rei Jeroboão. [13:4-7]
Havia dois profetas. O primeiro mentiu para o segundo. Para castigar o segundo por ter acreditado na mentira, Deus envia um leão para matá-lo. Acredita nisso? [13:11-24]
Deus promete trazer "mal sobre a casa de Jeroboão", dizendo que ele expulsará "todo homem até ao menino." Então, depois que Deus terminar com eles, os corpos mortos serão comidos por cães (na cidade) ou por aves (no campo). [14:10-12]
Baasa mata "toda a casa de Jeroboão; nada de Jeroboão deixou que tivesse fôlego, até o destruir, conforme a palavra do SENHOR". [15:29]
Deus diz que "Quem morrer a Baasa na cidade, os cães o comerão; e o que dele morrer no campo, as aves do céu o comerão." [16:4]
Zinri mata "toda a casa de Baasa; não lhe deixou homem algum... conforme a palavra do SENHOR." [16:11-12]
Quando Hiel reconstruiu Jericó, ele pôs em sua fundação o corpo do filho mais velho e nas portas da cidade o filho mais jovem "conforme a palavra do SENHOR." [16:34]
Elias mata os profetas de Baal. [18:40]
Deus entrega os siros nas mãos dos israelitas, e foram mortos 100.000 em um dia. Os que conseguiram escapar (27.000) foram esmagados por um muro. [20:28-30]
Havia o filho de um profeta que disse ao seu companheiro, "fere-me". Mas o homem se recusou. Então Deus enviou um leão para devorá-lo. [20:35]
O profeta conta para o rei Acabe que ele, e seu povo serão castigados por libertar Ben-Hadade: "a tua vida será em lugar de sua vida, e o teu povo, em lugar do seu povo." [20:42]
"Assim diz o SENHOR: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo." [21:19]
Deus trará mal sobre Acabe "e arrancarei a tua posteridade." [21:21]
Jezabel incitou Acabe a "fazer o que era mau aos olhos do SENHOR." Para castigá-la, Deus alimentará os cães com o corpo dela. (Ele também planeja alimentar os cães com os corpos do povo da cidade.) [21:23-25]
"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom." Ele propositalmente cria um sistema que assegura o sofrimento e morte de todas as suas criaturas, parasita e hospedeiro, predador e presa. [1:31] Deus gostou mais do sacrifício de Abel do que dos legumes de Caim. Por que? Bem, nenhuma razão é determinada, mas provavelmente tem algo a ver com a quantia de dor e sangue envolvidos. [4:3-5] Porque Deus gostou mais do sacrifício de Abel do que dos legumes de Caim, este mata seu irmão Abel por ciúmes religioso. [4:8] Deus está bravo. E decide destruir todos os humanos, animais, répteis e aves, "para desfazer toda carne em que há espírito de vida." Ele planeja afogar todos. [6:7, 6:17] Deus repete a intenção de matar todos. Mas por que Deus mata todos os animais inocentes? O que eles fizeram para merecer a sua ira? [7:4] Deus mata toda substância que havia sobre a face da terra. De bebês recém-nascidos até animais - todas as criaturas, grandes e pequenos. [7:21-23] Noé mata "todo animal limpo" e queima os corpos mortos para Deus. De acordo com isto, teria causado a extinção de todos os animais "limpos" que foram levados para a arca. "E o Senhor cheirou o suave cheiro". [8:20] Para livrar Ló do cativeiro, Abrão envia um exército de escravos procurarem e matarem seus seqüestradores. [14:14-15] Deus diz para Abrão matar alguns animais para ele. A matança desnecessária faz Deus se sentir bem. [15:9-10] Agar concebe, causando ciúmes a Sarai. Abrão diz para Sarai que faça o que quiser com Agar. "E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face." [16:6] Ló se recusa deixar dois anjos a mercê de um bando de pervertidos, e ao invés disso, ele oferece as duas "filhas virgens". Ele diz para o grupo de estupradores: "fareis delas como bom for nos vossos olhos." Este é o mesmo homem que é chamado de "justo" em [II Pe 2:7-8]. [19:8] Deus mata todo mundo (homens, mulheres e crianças) em Sodoma e Gomorra fazendo "chover enxofre e fogo." Bem, quase todo o mundo - ele poupa Ló o "justo", e sua família. [19:24] A mulher de Ló (sem nome) olha para trás, e Deus a transforma numa estátua de sal. [19:26] Sara, depois de dar à luz a Isaque, se indispõe novamente com Agar (veja em [16:5-6]) e fala para Abraão mandá-la embora, assim também como seu filho. Deus diz para Abraão escutar a voz de Sara. Assim Agar e Ismael são expulsos e enviados ao deserto para morrer. [21:10-14] Deus ordena que Abraão mate Isaque e ofereça-o em holocausto. Abraão mostra o amor dele por Deus pela vontade de assassinar o seu filho. Mas antes da garganta de Isaque ser cortada, Deus pede no lugar de seu filho, um carneiro. [22:2-13] Abraão mostra sua vontade em matar o próprio filho para Deus. Só um Deus mal pediria para um pai que fizesse isso; só um pai ruim estaria disposto a fazer isto. [22:10] Diná, a filha de Jacó, é tomada por um homem que parece a amar afetuosamente. Os irmãos dela enganam todos os homens da cidade e os matam (depois de ter circuncidado a todos), e então levam as suas esposas e crianças como escravos. [34:1-31] Os filhos de Jacó circuncidam "todos os que saíam da porta da cidade". Então eles entram na cidade e matam todos os machos e levam cativas suas esposas. [34:24-29] "O terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles." Eu não sei o que é o "terror de Deus", mas aposto que não é uma coisa agradável. [35:5] "Er, porém, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do SENHOR, pelo que o SENHOR o matou." O que ele fez para atrair a ira de Deus? A Bíblia não diz. Talvez ele tenha apanhado alguma lenha no sábado. [38:7] Depois que Deus matou Er, Judá diz para Onã que "entre" à esposa do irmão. Mas Onã "soube que essa semente não havia de ser para ele; e aconteceu que, quando entrava à mulher de seu irmão, derramava-a na terra, para não dar semente a seu irmão. E o que fazia era mau aos olhos do SENHOR, pelo que também o matou." Esta adorável história da Bíblia, raramente é lida em Escolas Dominicais, mas é a base de muitas doutrinas cristãs, que condenam a masturbação e o controle de natalidade. [38:8-10] Depois de Judá pagar Tamar pelos serviços dela, lhe é falado que a prostituta era sua nora. Quando Judá ouve isto, ele diz, "Tirai-a fora para que seja queimada." [38:24] José interpreta o sonho do padeiro. Ele diz para o faraó cortar a cabeça do padeiro, e pendurar seu corpo em uma árvore para os pássaros comerem. [40:19]
Gênesis
Retirado de: http://e-paulopes.blogspot.com/
Existe no mundo atual uma forte linha divisória, traçada pelos homens, que separa as diferentes correntes de ideias como sendo parte ou de religião, ou de ciência, ou de filosofia. O homem moderno, apesar de mais desenvolvido intelectualmente, ainda traz traços claros de outros tempos quando, o que não podia ser explicado à luz da ciência era categorizado por nós como sobrenatural ou herético. Hoje ainda, assuntos que são considerados científicos, são compartimentalizados, como se nada tivesse de relação com assuntos de ordem Divina, e a filosofia é considerada como nada mais que um simples conjunto de ideias teóricas sem nenhuma aplicação prática.
Essa separação força uma postura dogmática para que aceitemos e abracemos a verdade absoluta de que Deus é nosso Pai e Criador de todas as coisas, e assim somos forçados a aceitar, sem questionamento, que tudo o que existe e ocorre se dá por vontade Dele. Realmente, é fato que tudo o que existe e ocorre se dá por vontade do Altíssimo, mas, uma vez que se pudesse comprovar esse fato através de observações e estudos, ao invés da simples aceitação de dogmas religiosos a nós impostos, poder-se-ía chegar a uma situação de consenso com relação à existência de Deus; então, a argumentação racional derrubaria a descrença dos que nunca encontraram explicação plausível para a lei Universal, e que precisam de algo mais que a fé cega para aceitação do que lhes é imposto.
Tomemos então como parâmetro inicial para discussão o aspecto científico aceito nos dias atuais que explica a teoria evolucionária da Terra. O postulado aceito hoje como padrão para a origem dos organismos vivos terrestres nos diz que toda a vida no planeta começou através de micro-organismos unicelulares, que em tempo, evoluíram a organismos multicelulares, a plantas e animais simples, finalmente culminando no organismo mais complexo de todos que é o homem e seu mecanismo de inteligência em constante evolução.
Existem dois caminhos que se pode seguir para estabelecimento de uma conexão entre a teoria evolucionária da vida na Terra e a existência de inteligência suprema, arquiteta de todo esse processo. A primeira direção é a que caminha no tempo, em sentido contrário à linha evolucionária, e que investiga a origem dos micro-organismos elementares. A corrente teórica mais aceita na atualidade é a que atribui a criação desses seres elementares à combinação de redes inorgânicas de carbono existentes na superfície do globo, que através de reações químicas se transformaram nos micro-organismos elementares em questão. Essa teoria é a mais aceita, uma vez que está provado cientificamente que a partícula mais elementar do corpo humano é também formada por redes de carbono inorgânico. Assumindo que esta seja realmente a origem de tudo, como se explica o fato do homem nunca ter conseguido criar vida a partir de redes de carbono inorgânico? Os avanços mais recentes no campo da genética possibilitaram ao homem apenas a clonagem de seres vivos, utilizando-se para isso o DNA do animal a ser copiado; portanto, isso nada mais é que a cópia de algo existente, não podendo ser caracterizado ou qualificado como criação de vida. Essa simples pergunta gera uma série de considerações, tais como:
(1) Talvez o homem nunca tenha conseguido criar vida a partir de composições inorgânicas pelo fato de que exista outro ou vários outros componentes que devam ser adicionados a redes de carbono para a criação dos seres orgânicos.
(2) Se existem realmente componentes extras que devam ser adicionados, esses componentes ainda não foram descobertos pela nossa ciência, o que sugere que existem componentes ainda mais elementares que o mais elementar que já foi descoberto até hoje.
(3) Se a vida orgânica necessita de um ou vários componentes para sua criação, adicionados às redes de carbono, é realmente razoável se atribuir a puro acaso a combinação de todos esses elementos, nas suas quantidades exatamente precisas, dentro de condições ambientais exatamente perfeitas de modo que se combinem a ponto de criarem vida orgânica? Probabilisticamente falando, isso seria impossível sem a intervenção de uma inteligência exterior ao fenômeno, que alinhe as condições, quantidades e elementos de forma que o resultado final seja o esperado.
Ora, se chegamos à conclusão racional de que a criação da vida só pôde ser executada através da intervenção de algum tipo de inteligência, e que estamos nos referindo aos seres vivos originários de toda a vida na Terra, chegamos a um paradoxo: Precisamos de vida inteligente para criação de vida inteligente.
Nesse ponto, mesmo que se atribua essa inteligência externa a criaturas de outros mundos que não as da Terra, como existe hoje corrente simpática a essa teoria, pode-se aplicar a mesma sequência de raciocínio para chegarmos à origem da criação desse ser inteligente em seu próprio mundo, e o criador deste, e o criador deste ainda, até que cheguemos ao criador original, Deus.
O segundo caminho que precisamos seguir para estabelecimento de conexão entre a Inteligência Original e Suprema e a teoria evolucionária se dá na direção temporal oposta à anterior, ou seja, na direção da evolução dos organismos vivos culminando na criação do homem em toda sua complexidade. Apelando mais uma vez à matemática da probabilidade, seria razoável aceitar que essa evolução seguiu um processo aleatório, mantendo em perspectiva que, um simples elemento vivo unicelular possa ter se transformado em um organismo tão complexo quanto o homem?
Isso se quisermos nos manter apenas no campo físico do corpo humano. O que falar do campo mental do homem e toda sua complexidade? Não me refiro ao cérebro propriamente dito apenas, mas ao domínio de suas ideias que determinam a individualidade de cada um de nós. Seria realmente obra do puro acaso a evolução dos seres vivos até esse nível de complexidade?
E com relação à Natureza? Como explicar o seu número virtualmente infinito de elementos e seres variados e como todos se encadeiam e colaboram de forma perfeita para a manutenção do equilíbrio de vários ecossistemas? Cadeias alimentares que garantem a sobrevivência e utilidade de todas as múltiplas espécies de seres vivos, cadeias essas que se alteradas resultam em consequências catastróficas para a região afetada, mas que parecem ter um mecanismo de controle natural, que acaba se reequilibrando sem a necessidade de influência humana, tão logo a força disturbante a essa cadeia se interrompa. Pode-se atribuir toda essa perfeição, de novo, à obra do acaso?
Isso tudo sem mencionar os elementos inorgânicos, que possibilitam infinitas combinações para formação de outros mais complexos, e outros ainda mais. E o que falar dos fenômenos da eletricidade e magnetismo, que através do estudo de seus respectivos campos possibilitou à ciência a descoberta de verdadeiros mundos de possibilidades? A eletricidade e magnetismo não foram criados pela ciência, apenas descobertos. Isso tudo também é acaso?
E os sentimentos humanos, que a ciência até hoje não conseguiu decifrar? Cada relacionamento entre duas pessoas produz número infinito de nuances emotivas, tanto na qualidade e característica de emoções, quanto em suas intensidades. Pelas leis matemáticas, o adicionamento de uma terceira pessoa a essa rede inicial de duas pessoas, aumentaria o número de combinações exponencialmente. Considere agora que existem hoje no globo terrestre mais de cinco bilhões de pessoas, e que todas elas se relacionam indiretamente. As ações de um único indivíduo acabam afetando todos os habitantes do globo, através de suas associações indiretas, como um dominó que cai em uma fileira de cinco bilhões de dominós. É mais do que razoável a aceitação de que exista uma série de leis pelas quais o Universo seja regido, caso contrário, não seria muito difícil imaginar um completo caos culminando com a sua total destruição. Deixamos aqui a pergunta: achamos nós realmente, que as leis da física conhecidas pela ciência de hoje, seriam suficientes para reger um super-organismo tão complexo e inter-relacionado como o Universo infinito?
Negar a linha de raciocínio acima seria negar o axioma básico de todas as ciências; o de que não existe efeito sem causa. Para se crer em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe que nesse caso seria o efeito, logo uma causa para esse efeito deve existir. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde realizar alguma coisa. A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso seria insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.
Entende-se que para alguns homens seja difícil a aceitação pura e simples de dogmas impostos pelas diversas religiões, especialmente quando essas próprias religiões, que por terem sido criadas por homens, são também falíveis como seus criadores. Temos provas diárias que nos fazem contestar as religiões terrestres, como por exemplo, os movimentos das cruzadas nas épocas medievais que mataram milhares de inocentes em nome de Deus; nada mais era que um movimento político à procura de poder; o roubo da inocência de crianças por membros de altos escalões religiosos, para saciamento de seus sentimentos carnais animalescos; o assassinato de milhares de pessoas em nome de uma chamada guerra santa, motivada por interesses econômicos mundanos; a ostentação gratuita de templos religiosos, adorando a Jesus, que foi o mais humilde de todos os homens, quando ao mesmo tempo, a humanidade nunca sofreu tanto com a pobreza e as desigualdades sociais; o pedido de dízimo e contribuição material fixa e mensal dos fiéis, com o argumento de estes estarem comprando sua vaga junto aos escolhidos na seara de nosso Pai; e outros tantos exemplos que, por si só, apresentariam material suficiente para um livro separado.
Para estes homens contestadores, diríamos: volte-se para a ciência e o raciocínio lógico; para o encontro com o Criador de todas as coisas. Não se deixem hipnotizar pela fraqueza e poder de sugestão dos chamados homens de bem, criadores das religiões Terrenas. Busquem o Pai criador através da análise crítica do mundo que os cerca e usem a ciência, que explica parcialmente a origem das coisas, mas que não encontra respostas para as perguntas fundamentais que serviriam como preenchimento das lacunas mais importantes, como estímulo à sua pesquisa pessoal. Não bloqueiem seu raciocínio para as perguntas de hoje sem respostas, e procure por nosso Pai dentro de seu templo individual, seu coração, que lhes dá a intuição de que somos criações e filhos de um Ser de inteligência infinita, e sua mente, que procura incessantemente pelo sentido da vida.
Espíritos: Camile Flammarion e José de Anchieta
Livro: Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião
I-Importância da Nação Brasileira no Cenário Mundial.
Desembarcava em Manhattan, na América vindo da França, no dia 11 de maio de 1831, o jovem Aléxis de Tocqueville que, em 1835, escrevia seu livro “De la Democratie en América”, no qual expunha suas idéias sobre a Nação que realizaria tarefas sem precedentes na História – os Estados Unidos.
Pelo método comparativo preconizava a bipolaridade, que somente bem mais tarde se implantaria. Vejamos o que escreveu, então:
“Existem hoje sobre a Terra dois povos, que tendo partido de pontos diferentes, parecem adiantar-se para o mesmo fim – são os russos e os anglo-americanos. Ambos cresceram na obscuridade; e enquanto os olhares dos homens estavam ocupados noutras partes, colocaram-se de Improviso na primeira fila entre as nações, e o mundo se deu conta, quase que ao mesmo tempo, de seu nascimento e de sua grandeza. Todos os outros povos parecem ter chegado mais ou menos aos limites traçados pela natureza, nada mais lhes restando se não manter-se onde se acham, enquanto aqueles dois se acham em crescimento; todos os outros vão se deter ou avançar a poder de mil esforços; apenas esses dois marcham a passo fácil e rápido numa carreira cujos limites o olhar humano não poderá ainda perceber. O americano luta contra os obstáculos que a natureza lhe opõe; o russo está em luta com os homens. Um combate o deserto e a barbárie; o outro, a civilização; por isso as conquistas do americano se firmam com o arado do lavrador e as do russo, com a espada do soldado. Para atingir sua meta, o primeiro apóia-se no interesse pessoal e deixa agir, sem dirigí-las, a força e razão dos indivíduos. O segundo concentra num homem, de certa forma, todo o poder da sociedade. Um tem por principal meio de ação a liberdade, o outro, a servidão. O ponto de partida é diferente, os seus caminhos são diversos; não obstante cada um deles será convocado, por um desígnio secreto da Providência, a deter nas mãos, um dia, os destinos da metade do mundo.”
Isso era previsto, veja-se bem, em 1835. E dentro do processo histórico, o ciclo evolutivo das nações marcaria o desaparecimento da supremacia da Espanha e Portugal, nações que, pela bipolaridade, dominavam os destinos do mundo com o advento das grandes navegações. Também desapareceria a hegemonia da França e da Inglaterra e o mundo continuaria dominado, no âmbito da bipolaridade, por nações com grande extensão territorial e amplas fachadas marítimas. Além dos Estados Unidos e da Rússia, outras cinco nações já se haviam estabelecido no Mundo, satisfazendo aquelas condições: o Canadá, a Austrália, a Índia, a China e o nosso Brasil, que ensaiava seu ciclo evolutivo entre as grandes Pátrias da Terra.
Coube ao sueco Rudolf Kjellen, na obra intitulada “O Estado como forma de vida”, de 1916, provar que as nações, como todos os seres vivos, nascem, crescem, projetam-se ou não e morrem, cedendo seu lugar a outras no cenário das grandes potências.
Fato importante, os estudiosos, hoje, vêm mostrando que a Rússia e os Estados Unidos aproximam-se do cone de sombra, que os levará, um dia, ao eclipse de sua supremacia nas áreas em que atuam no Planeta, em face do desmoronamento das estruturas sobre as quais se apóiam. Quanto aos Estados Unidos, a derrocada está prevista no fato de o racismo anglo-saxão ter dificuldade de manter-se majoritário, pois as minorias dos negros, chicanos, porto-riquenhos se reproduzem com mais desenvoltura, formando quistos – podendo desestabilizar-se a estrutura estatal. Quanto à Rússia, tratar-se-ia, como no caso do Império Romano, de regime centralizado, em falência... A Rússia de hoje, envolvendo toda a parte oriental da Europa, atingindo a Ásia sem alcançar o Mediterrâneo, começa a ser solapada pelas Repúblicas Socialistas e “satélites” da periferia.
Esse caso das potências mencionadas já preocupa os especialistas que promovem o processo seletivo, em busca das condições que devam preencher os países destinados à hegemonia dentro do mundo bipolar, em substituição daqueles em declínio (veja-se “Avaliação do Poder Mundial”, de Ray Cline).
Países com vasta extensão territorial e amplas fachadas marítimas, afora os Estados Unidos e a Rússia, são a China, o Brasil, o Canadá, a Índia e a Austrália. Candidatos à hegemonia mundial são mais forte a China e o Brasil, som “sua situação especialíssima e seu patrimônio imenso de riquezas...”.
Afirma, em sua obra “Retrato do Brasil” (Atlas - Texto de Geopolítica), a Professora Therezinha de Castro, do Colégio Pedro II e Conferencista de Geopolítica na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Escola de Guerra Naval e na Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica, além de autora de numerosas obras de História Geral e do Brasil:
"Dentro da tese de Alexis de Tocqueville de que o mundo, a partir do século XX, em face da bipolaridade, passaria a ser dirigido por grandes nações com ampla extensão territorial e vasta fachada marítima, se opõem as condições básicas. Indispensáveis que um país deve possuir, simultaneamente, para se enquadrar na categoria de nação emergente no âmbito das relações internacionais:
· Superfície territorial maior do que 5.000.000 Km2;
· continuidade territorial;
· acesso direto e amplo ao alto-mar;
· recursos naturais estratégicos e essenciais;
· população maior do que 100 milhões de habitantes:
· densidade demográfica maior do que 10 habitantes por Km2 e menor do que 200 habitantes por km2;
· homogeneidade racial.
Essas sete condições básicas, na atualidade só são preenchidas por dois países – a China e o Brasil.
Assim, no âmbito das relações internacionais, apesar dos grandes espaços vazios por preencher e integrar, figuramos entre as nações mais populosas do Globo. Nação das mais populosas, onde a homogeneidade racial se vem impondo desde os primórdios coloniais, com três condições fundamentais para ser Grande Potência, pois temos: espaço, posição e matérias-primas; somos, portanto, dentro do conceito geopolítico global, uma Nação Satisfeita”. (destaques nossos.)
Afirma o Professor Pinto Ferreira, sociólogo e jurista, em sua obra “Curso de Educação Moral e Cívica”, 2ª edição, 1974:
“É preciso compreender o Brasil para poder amá-lo e engrandecê-lo. O Brasil constitui uma singularidade histórica. É a primeira grande civilização próspera no mundo tropical. O Brasil tem condições para ser uma superpotência mundial no século XXI (págs. 14 e 15). É uma grande potência mundial emergente, que será incontestavelmente uma das seis grandes superpotências do fim do século XX (pág.120). A ascensão do Brasil, como o foi a da Rússia, é uma inegável possibilidade geopolítica”. (pág. 163).
Vimos, assim, que do ponto de vista sócio-histórico-geográfico o destino do Brasil é tornar-se Grande Potência.
II - DESTINAÇÃO ESPIRITUAL DO BRASIL.
1. Influência espiritual na História.
Segundo o realismo histórico cristão, a História se desenrola conforme a vontade de Deus, sempre soberana, sem prejuízo, porém, do papel do homem, que executa o planejamento divino, de acordo com seu preparo para a missão e seu livre-arbítrio, que o leva, muitas vezes, a desvios históricos, conhecidos.
Assim se expressa, a respeito, o filósofo Basave del Valle, em sua obra “Filosofia do Homem”, cap. XI, itens 13 e 14:
“Deus não pode falhar na realização dos seus fins providenciais... o fim da História será em qualquer caso o que Deus quis... há uma harmonia geral preestabelecida, impossível de anular devido aos desvios do homem”. (destaque nosso). A História, em conclusão, é obra de Deus e obra dos homens. Sob a condução suprema da providência, a livre atividade humana é forjadora da História”.
Esse mecanismo da História é assim apreciado pelo conhecido escritor espírita Hermínio C. Miranda, em artigo intitulado “Arquivos Espirituais da Independência do Brasil”, publicado em “Reformador” de setembro de 1972 e do qual extraímos os tópicos seguintes:
“(...) sou daqueles que vêem na História a presença inequívoca de Deus e, por isso, também, a importância das lições que elas encerram para melhor entendimento do presente e mais lúcida projeção do futuro.” “(...)É assim que os poderes espirituais fazem a História, escrevendo-a primeiro na memória e no coração dos seres que devem, por assim dizer, materializá-la no plano humano. Há falhas , às vezes, porque os Espíritos não são constrangidos; são convidados. Fica-lhes o livre-arbítrio e, por isso, estão sujeitos a deslizes que podem retardar o programa, mas nunca invalidar o objetivo superior traçado no mundo espiritual”. (Destaques nossos).
2. Preparo da raça (segundo elementos colhidos na obra “História da Civilização Brasileira”, da Professora Therezinha de Castro, págs.494/498):
O Brasil é um país mestiço, de raça não pura, de população cruzada. O povo brasileiro formou-se da mestiçagem do
· português, elemento invasor, desbravador, aventureiro, romântico a seu modo;
· negro, elemento importado, sofredor, que veio, como escravo, saudoso de sua terra, mas desprendido e humilde ( a escrava amamentava o filho da Sinhá, enquanto o seu chorava de fome);
· índio, elemento nativo, corajoso, amante da liberdade.
Observe-se que no Norte e no Sul predominou o cruzamento do português com o índio; no Centro-Oeste e Litoral deu-se o cruzamento do português com o negro. Quarto elemento vem complementar a população, por miscigenação – os imigrantes.
“O Brasil, país livre do racismo, com liberdade religiosa, é, na realidade, um país mestiço”.
As influências recebidas foram assimiladas, absorvidas. Surgiu um povo de grande simpatia, marcado pela solidariedade humana, com uma consciência coletiva e fraterna.
“(...) o Brasil resulta de três grupos étnicos diferentes, além dos imigrantes, mas nele há unidade de língua, que é a portuguesa. Desenvolveu uma sólida democracia étnica e racial, de que não há notícia no mundo, num sentimento de cálida fraternidade humana”. (“Curso de Educação Moral e Cívica”, do Professor Pinto Ferreira, 2ª ed. 1974, págs. 15 e 102).
III – O CORAÇÃO DO MUNDO.
Coube ao livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, de Humberto de Campos (Espírito), cuja 1ªedição, FEB, data de 1938, colocar para os espíritas a problemática da evolução espiritual do Brasil e delinear a tarefa que lhe cabe na construção evangélica do mundo futuro.
No prefácio da obra escreveu Emmanuel:
”O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do Planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora da crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do Orbe inteiro”.
O autor da obra esclarece, na introdução:
“Jesus transplantou da Palestina para a região do Cruzeiro a árvore magnânima do seu Evangelho, a fim de que os seus rebentos delicados florescessem de novo, frutificando em obras de amor para todas as criaturas. (...) Nessa abençoada tarefa de espiritualização, o Brasil caminha na vanguarda. O material a empregar nesse serviço não vem das fontes de produção originariamente terrena e sim do plano invisível, onde se elaboram todos os ascendentes construtores da Pátria do Evangelho”.
Impõe-se transcrito o Capítulo I – O Coração do Mundo, da obra premonitória de Humberto de Campos (Espírito):
“(...) Foi após essa época, no último quartel do século XIV, que o Senhor desejou realizar uma de suas visitas periódicas à Terra, a fim de observar os progressos de sua doutrina e de seus exemplos no coração dos homens.
Anjos e Tronos lhe formavam a corte maravilhosa. Dos céus à Terra, foi colocado outro símbolo da escada infinita de Jacob, formado de flores e de estrelas cariciosas, por onde o Cordeiro de Deus transpôs as imensas distâncias, clarificando os caminhos cheios de treva. Mas, se Jesus vinha do coração luminoso das esferas superiores, trazendo nos olhos misericordiosos a visão de seus impérios resplandecentes e na alma profunda o ritmo harmonioso dos astros, o planeta terreno lhe apresentava ainda aquelas mesmas veredas escuras, cheias da lama da impenitência e do orgulho das criaturas humanas, e repletas dos espinhos da ingratidão e do egoísmo. Embalde seus olhos compassivos procuraram o ninho doce de seu Evangelho; em vão procurou o Senhor os remanescentes da obra de um dos seus últimos enviados à face do orbe terrestre. No coração da Úmbria haviam cessado os cânticos de amor e de fraternidade cristã. De Francisco de Assis só havia ficado as tradições de carinho e de bondade; os pecados do mundo, como novos lobos de Gúbio, haviam descido outra vez das selvas misteriosas das iniqüidades humanas, roubando às criaturas a paz e aniquilando-lhes a vida.
- Helil – disse a voz suave e meiga do Mestre a um dos seus mensageiros, encarregado dos problemas sociológicos da Terra -, meu coração se enche de profunda amargura, vendo a incompreensão dos homens, no que se refere às lições do meu Evangelho. Por toda a parte é a luta fratricida, como polvo de infinitos tentáculos, a destruir todas as esperanças; recomendei-lhes que se amassem como irmãos e vejo-os em movimentos impetuosos, aniquilando-se uns aos outros como Cains desvairados.
- Todavia – replicou o emissário solícito, como se desejasse desfazer a impressão dolorosa e amarga do Mestre – esses movimentos, Senhor, intensificaram as relações dos povos da Terra, aproximando o Oriente e o Ocidente, para aprenderem a lição da solidariedade nessas experiências penosas; novas utilidades da vida foram descobertas; o comércio progrediu além de todas as fronteiras, reunindo as pátrias do orbe. Sobretudo, devemos considerar que os príncipes cristãos, empreendendo as iniciativas daquela natureza guardavam a nobre intenção de velar pela paisagem deliciosa dos Lugares Santos.
Mas – retornou tristemente a voz compassiva do Cordeiro – qual o lugar da Terra que não é santo? Em todas as partes do mundo, por mais recônditas que sejam, paira a benção de Deus, convertida na luz e no pão de todas as criaturas. Era preferível que Saladino guardasse, para sempre, todos os poderes temporais na Palestina, a que caísse um só dos fios de cabelo de um soldado, numa guerra incompreensível por minha causa, que, em todos os tempos, deve ser a do amor e da fraternidade universal ”.
O diálogo continua, vindo, em dado momento, Jesus a perguntar:
“ – Helil(...) onde fica, nestas terras novas, o recanto planetário do qual se enxerga, no infinito, o símbolo da redenção humana?
-Esse lugar de doces encantos, Mestre, onde se vêem, no mundo, as homenagens dos céus, aos vossos martírios na Terra, fica mais para o Sul.
E quando no seio da paisagem repleta de aromas e melodias, contemplavam as almas santificadas dos orbes felizes, na presença do Cordeiro, as maravilhas daquela terra nova, que seria mais tarde o Brasil, desenhou-se no firmamento, formado de estrelas rutilantes, no jardim das constelações de Deus, o mais imponente de todos os símbolos.
Mãos erguidas para o Alto, como se invocasse a bênção de seu Pai para todos os elementos daquele solo extraordinário e opulento, exclama então Jesus:
- Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à misericórdia do Pai Celestial. (...) Aproveitamos o elemento simples de bondade, o coração fraternal dos habitantes destas terras novas, e, mais tarde, ordenarei a reencarnação de muitos Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças sofredoras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui florescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do porvir. Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o CORAÇÂO DO MUNDO!” (Destaques nossos.)
.................................
Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam hoje todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas, que fincou as balizas das possessões espanholas, trazia já, em seus contornos, a forma geográfica do CORAÇÃO DO MUNDO.”(Destaque nosso.)”.
IV – A PÁTRIA DO EVANGELHO.
Fala-nos Humberto de Campos (Espírito), em sua obra profética, da descoberta do Brasil (V. Capítulo II) e de como repercutiu no mundo espiritual:
“A bandeira das quinas desfralda-se então gloriosamente nas plagas da terra abençoada, para onde transplantara Jesus a árvore de seu amor e de sua piedade, e, no céu, celebra-se o acontecimento com grande júbilo. Assembléias espirituais, sob as vistas amorosas do Senhor, abençoam as praias extensas e claras e as florestas cerradas e bravias. Há um contentamento intraduzível em todos os corações, como se um pombo simbólico, trouxesse as novidades de um mundo mais firme, após novo dilúvio.
Henrique de Sagres (o HELIL), o antigo mensageiro do Divino Mestre, rejubila-se com as bênçãos recebidas do céu. Mas, de alma alarmada pelas emoções mais carinhosas e mais doces, confia ao Senhor as suas vacilações e os seus receios:
- Mestre – diz ele -, graças ao vosso coração misericordioso, a terra do Evangelho florescerá agora para o mundo inteiro. Dai-nos a Vossa benção para possamos velar pela sua tranqüilidade, no seio da pirataria de todos os séculos. Temo, Senhor, que as nações ambiciosas matem as nossas esperanças, invalidando as suas possibilidades e destruindo os seus tesouros....
Jesus, porém, confiante, por sua vez, na proteção de seu Pai, não hesita em dizer com a certeza e a alegria que traz em si:
- Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopéia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia.”
No último capítulo da obra, o Autor espiritual justifica-a assim:
“Nosso objetivo, trazendo alguns apontamentos à história espiritual do Brasil, foi-se tão-somente encarecer a excelência da sua missão no planeta, demonstrando, simultaneamente, que cada nação, como cada indivíduo, tem sua tarefa a desempenhar no concerto dos povos. Todas elas têm seus ascendentes no mundo invisível, de onde recebem a seiva espiritual necessária à sua formação e conservação. E um dos fins principais do nosso escorço foi examinar, os olhos de todos, a necessidade da educação pessoal e coletiva, no desdobramento de todos os trabalhos do país. (...) Só o legítimo ideal cristão, reconhecendo que o reino de Deus ainda não é deste mundo, poderá, com a sua esperança e o seu exemplo, espiritualizar o ser humano, espalhando com os seus labores e sacrifícios as sementes produtivas na construção da sociedade do futuro.” (São nossos todos os destaques deste capítulo.)
V - CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O Espiritismo nos ensina que, planejadas na Espiritualidade as nossas tarefas, com vistas a garantir nosso progresso intelectual e espiritual, cabe-nos a responsabilidade de executá-las, o que fazemos de acordo com a nossa vontade livre, bem ou mal, apressando ou retardando a própria evolução. Retardando, dissemos, não a frustrando, porém.
No artigo “Uma avaliação do Espiritismo no Brasil”, publicado em “Reformador” de março de 1978, Hermínio C. Miranda assim se manifesta a respeito da missão atribuída aos espíritas brasileiros, pela obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”:
“É certo, pois, que o nosso país está investido de uma grande responsabilidade na implementação desse esquema de trabalho e tudo se fará conforme planejado, mesmo porque, segundo Humberto, “todos os obstáculos serão, um dia, removidos para sempre do caminho ascensional no progresso”. Está, porém, nas mãos dos homens a faculdade de influir no ritmo da caminhada.
(...) “os discípulos encarnados bem poderiam atenuar o vigor das dissensões esterilizadoras, para se unirem na tarefa impessoal e comum, apressando a marcha redentora” – informa ainda Humberto à pág. 228.”
Eis aí, pois, o programa de trabalho, as responsabilidades de cada grupo- encarnados e desencarnados- e as dificuldades a vencer que, como facilmente se depreende, estão em nós mesmos e não naquilo que temos de fazer.
O êxito do empreendimento é indubitável, mas a sua concretização no tempo e no espaço depende, em grande parte, do nosso posicionamento nesse vastíssimo contexto histórico, do grau de maturidade que demonstrarmos na execução das pequeninas tarefas que nos cabem na tarefa maior. Se optarmos pelas dissensões de que fala Humberto, ou pelo “personalismo e vaidade... que as forças das sombras alimentam” , como ele ainda insiste à pág.223, então estaremos entre aqueles que, transformados em obstáculos, terão de ser removidos”.
Fala-nos, então, o articulista num modelo espírita brasileiro e alerta:
“Não sei se estamos todos bastante conscientes e alertados, no Brasil, para a importância do que poderíamos identificar como modelo”.
E termina o artigo com esta reflexão:
“O modelo está pronto e não falhará; os Espíritos orientadores também estão a postos e não falharão, porque seguem o comando de Alguém que jamais nos despontou. E nós?” (Destaque do original.)
O assunto foi objeto de outro artigo, este de lavra de Passos Lírio e publicado em “Reformador” de janeiro de 1979, no qual o articulista arrola os fatos que, a seu ver, justificam a previsão, constante da obra citada, da tarefa a ser executada pelo Espiritismo no Brasil, para realização dos desígnios do Alto, a respeito.
Desses fatos salientamos apenas alguns, remetendo o paciente leitor ao artigo, que merece lido na íntegra:
. Circulação ininterrupta de “Reformador”, cujo primeiro centenário de fundação ocorreu em 21 de janeiro de 1983, sempre lido por grande número de adeptos do Espiritismo;
· os vários Congressos espiritualistas e espíritas, realizados fora do País, com a presença do Brasil, em 1898 (Londres), 1900 (Paris), 1908 (México), 1910 (Bruxelas), 1925 (Paris);
· tradução em língua portuguesa das obras de Allan Kardec e de renomados escritores espíritas;
· a extraordinária difusão do Espiritismo graças ao Departamento Editorial da FEB, que vem publicando e distribuindo milhões de exemplares de obras específicas, muitas das quais em língua estrangeira;
· a memorável façanha mediúnica de Francisco Cândido Xavier, psicografando livros que abrangem os mais diversos assuntos, como poesia, romance, conto, crônica, histórias, ciência, filosofia, religião (aqui se salientando as mensagens de Emmanuel, André Luiz e outros);
· o aumento acentuado do número de editoras de obras espíritas;
· a imprensa doutrinária com muitos importantes órgãos;
· as obras sociais mantidas pelas entidades espíritas;
· a divulgação da Doutrina Espírita no Exterior feita, principalmente, por Divaldo Pereira Franco, médium psicógrafo que responde por muitos títulos editoriados;
· a ação elucidativa e renovadora de doutrinadores, expositores, jornalistas e escritores espíritas;
· o Sistema Federativo nacional.
Cumpre não esquecer o editorial de “Reformador”, que antecede o artigo de Passos Lírio, em algumas de suas considerações e advertências sobre a missão que a obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho” veicula:
“De cunho nitidamente espirítico, com sabor de genuína brasilidade. Mas, também, de transcendental significação histórica e civilizadora, dando os contornos de vastas e nobilíssimas tarefas – e aqui aludimos apenas à esfera das coisas do Espírito – que envolvem as origens e as razões da missão de uma Pátria e de um Povo, no desdobramento, no espaço e no tempo, do programa crístico do Evangelho, em espírito e verdade.
..................................
É inteiramente falsa e despropositada a acusação dos que vêem nessa obra do médium Francisco Cândido Xavier presunção de brasileiros quanto à posição de povo eleito, privilegiado, com pretensão de superioridade e ânsia de hegemonia sobre os demais. (Destaque do original).
......................................
A Pátria do Evangelho, destinação do Brasil – como Coração do Mundo, em lenta formação – está sendo construída há algum tempo. O resultado pertence a Deus. (...) Isso quer dizer que a missão pode resultar em vitória ou fracasso, como precedentemente aconteceu com o desastroso comportamento daqueles que se consideravam orgulhosamente o “povo eleito”. (Destaque do original).
.................................
A Árvore do Evangelho, entre nós, não é ainda do porte que terá no Grande Futuro: está em desenvolvimento, crescendo, erguendo e espalhando galhos e folhagem, florescendo e frutificando, estendendo alimento e sombra acolhedora, protegendo mananciais e aprofundando raízes. Um dia abrigará a todos. (...)
(...) Assim, o Brasil deve ser considerado, desde já, como a Grande Pátria Mundial dos homens, expressão confortadora de universalidade e de unidade com pertinência à Unificação geral com que nos acena o próximo milênio, o qual será de lutas árduas, durante séculos de esforço na reconstrução da fé e de civilização.”
VI – CONCLUSÃO.
Diz o citado editorial de “Reformador”:
“A árvore do Evangelho, entre nós, não é ainda do porte que terá no Grande Futuro (...) Um dia abrigará a todos.”
Castro Alves reafirma a idéia, no belo poema que ditou à psicografia de Francisco Cândido Xavier, em Brasília, na abertura do VI Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas, na noite de 15 de abril de 1976, lembrando que
“Nos domínios do Universo,
Ninguém evolui a sós,
A Humanidade na Terra
É a soma de todos nós.”
Eurípedes Barsanulfo, em mensagem psicográfica recente, adverte:
“E não nos esqueçamos de que o Brasil é o “Coração do Mundo”, mas somente será a “Pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.” (Ver “Alavanca”, de julho de 1987, pág.5.)
A inspiração é apanágio dos poetas, cuja sensibilidade capta as grandes idéias do planejamento divino, por antecipação no tempo. Assim se deu com o Professor Daltro Santos, do Colégio Militar, que, muito antes do lançamento do livro de Humberto de Campos (Espírito), vinha brindar-nos com esta jóia incrustada em seis versos de ouro:
“Pátria! Inda há de ser teu povo, um dia,
Dentre os povos da Terra a primazia,
Pelo esplendor que teu futuro encerra;
Pela cultura e pelo amor profundo,
Inda hás de ser o cérebro da Terra,
Inda hás de ser o coração do Mundo!”
Revista “Reformador” - setembro 1987-Editorial
UM COM O PAI
(Fim de dezembro do ano 30)
João, 10:22-39
22. E aconteceu a festa da dedicação em Jerusalém; era inverno.
23. E Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
24. Cercaram-no os judeus e diziam-lhe: "Até quando suspendes nossa alma? Se és o Cristo, fala-nos abertamente".
25. Respondeu-lhes Jesus: "Eu vo-lo disse e não credes; as ações que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito.
26. Mas não credes, porque não sois de minhas ovelhas.
27. As minhas ovelhas ouvem minha voz, e eu as conheço e elas me seguem.
28. e eu lhes dou a vida imanente, e nunca jamais se perderão, e ninguém as arrebatará de minha mão:
29. o Pai, que as deu a mim, é maior que tudo, e ninguém pode arrebotar da mão do Pai:
30. eu e o Pai somos um".
31. Os judeus outra vez buscaram pedras para apedrejá-lo.
32. Retrucou-lhes Jesus: "Mostrei-vos muitas belas ações da parte do Pai; por causa de qual ação me apedrejais"?
33. Responderam-lhe os judeus: "Não te apedrejaremos por uma bela ação, mas por blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes um deus".
34. Retrucou-lhes Jesus: "Não está escrito na lei: "Eu disse, vós sois deuses"?
35. Se ele chamou deuses aqueles nos quais se manifestou o ensino de Deus - e a Escritura não pode ser ab-rogada
36. a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, dizeis "blasfemas", porque eu disse: "sou filho de Deus"?
37. Se não faço as ações de meu Pai, não me creiais,
38. mas se faço, embora não me creiais, crede nas ações, para que conheçais e tenhais a gnose de que o Pai está em mim e eu estou no Pai".
39. E de novo procuravam prendê-lo, mas ele saiu das mãos deles.
Este é mais um dos trechos de importância capital; nas declarações do Mestre. Analisemo-lo cuidadosamente.
O evangelista anota com simplicidade, mas com precisão, a ocasião em que foram prestadas essas declarações de Jesus: a festa da "dedicação" (hebraico: hanukâh, grego: egkainía) era uma festa litúrgica, instituída por Judas Macabeu, em 164 A.C., em comemoração à purificação do templo, da profanação de Antíoco IV Epifânio (cfr. 1.º Mac. 1:20-24, 39 e 4:59; 2.º Mac. 10:1-8; Fl. josefo, Ant. Jud. 12, 5, 4). Começava no dia 25 de kislev (2.ª metade de dezembro, solstício do inverno) e durava oito dias. Em solenidade, equivalia às festas da Páscoa, de Pentecostes e dos Tabernáculos.
Por ser inverno, Jesus passeava (com Seus discípulos?) no pórtico de Salomão, que ficava do lado do oriente, protegido dos ventos frios do deserto de Judá. Um grupo de judeus aproxima-se, cerca-O, e pede que se pronuncie abertamente: era o Messias, ou não?
Ora, essa resposta não podia ser dada: declarar-se "messias" seria confessar oposição frontal ao domínio romano, segundo a crença geral (o messias deveria libertar o povo israelita); essa declaração traria duas consequências, ambas indesejáveis: atrair a si a malta de políticos ambiciosos e descontentes, ávidos de luta; e, ao mesmo tempo, o ódio dos "acomodados" que usufruíam o favor dos dominadores, e que logo O denunciariam a Pilatos como agitador das massas (e dessa acusação não escapou), para que fosse condenado à morte, como os anteriores pretensos messias. Mas, de outro lado, se negasse a si mesmo o título, não só estaria mentindo, como decepcionaria o povo humilde, que Nele confiava.
Com Sua sábia prudência, no entanto, saiu-se galhardamente da dificuldade, citando fatos concretos, dos quais se poderia facilmente deduzir a resposta; e chegou, por fim, a declarar Sua unificação com a Pai. Portanto, Sua resposta foi muito além da pergunta formulada, para os que tivessem capacidade de entender.
Baseia-se, para responder, em Suas anteriores afirmativas e nas ações (érga) que sempre fez "em nome do Pai". Tanto uma coisa como outra foram suficientes para fazê-Lo compreendido por "Suas ovelhas", que “O seguem fielmente". E a todas elas é dada a Vida Imanente, de forma que elas "não se perderão" (apóllysai, "perder-se", em oposição a sôizô, "salvar-se”, e não "morrer", sentido absurdo).
A. razão da segurança é que elas estão "em Sua mão" e, portanto, “na mão do Pai, que é maior que tudo".
Mais uma vez salientamos que zôê aiônios não pode traduzir-se por “vida eterna" (cfr. vol. 2), já que a vida é ETERNA para todos, inclusive na interpretação daqueles que acreditam erroneamente num inferno eterno... Logo, seria uma promessa vã e irrisória. Já a Vida imanente, com o Espírito desperto e consciente, unido a Deus dentro de si, constitui o maior privilégio, a aspiração máxima. que nossa ambicionar um homem na Terra.
O versículo 29 apresenta três variantes principais, das quais adotamos a primeira, pelo melhor e mais numeroso testemunho:
1 - “O Pai, que as deu a mim, é maior que tudo" (hós, masc. e meizôn, masc.) - papiro 66 (ano 200, que traz édôken, aoristo, em vez de dédôken, perfeito, como os códices M e U); K, delta e pi, os minúsculos
1, 118, 131, 209, 28, 33, 565; 700; 892; 1.009 ; 1.010; 1.071 1.071; 1.079; 1.195, 1.230, 1.230, 1.241, 1.242, 1.365, 1.546, 1.646, 2.148; os unciais bizantinos (maioria), as versões siríacas sinaítica, peschita e harclense, os Pais Adamâncio, Basílio, Diodoro (4.º séc.), Crisóstomo, Nono e Cirilo de Alexandria (5.º séc.); e aparece com o acréscimo do objeto direto neutro autá na família 13, em 1216, 1344 (que tem o mac. oús), e 2174, nas versões coptas boaírica (no manuscrito), saídica, achmimiana, nas armênias e georgianas.
2 - "O que o Pai me deu é maior que tudo" (hó, neutro e meízon, neutro) no códice vaticano (com correção antiga para hós), nas versões latinas ítala e vulgata, na boaírica e gótica, nos Pais Ambrósio e Jerônimo (5.º século).
3 - "O Pai é quem deu a mim o maior que tudo" (hós, masc, e meízon, neutro), nos códices A, X, theta e na versão siríaca palestiniana.
A quarta variante (hó, neutro e meizôn, masc) parece confirmar a primeira, já que não faz sentido em si; talvez distração do copista, esquecendo o "s". Aparece nos códices sinaítico, D, L, W e psi.
A segunda variante, aceita pela Vulgata, é bastante encontradiça nas traduções correntes: "O que o Pai me deu é maior (mais precioso) que tudo". Realmente, esse pensamento do cuidado de Jesus pelo que o Pai Lhe deu, é expresso em João 6:37-39 e 17:24; mas a ideia, que reconhecemos como do texto original, além de caber muito melhor no raciocínio do contexto (estão as ovelhas "na mão do Pai" e nada poderá arrebatá-las, porque Ele é maior que tudo), também é confirmado por João 14:28.
A seguir explica por que, estando "em Sua mão", automaticamente, estão na mão do Pai: "Eu e o Pai somos UM".
A expressão "estar nas mãos de alguém" é usual no Antigo Testamento. Sendo a mão um dos principais instrumentos físicos da ação, no homem, a mão exprime o "poder de agir" (Ez. 38:35), a "potência" (Josué, 8:20; Juízes, 6:13; 1.º Crôn. 18:3; Salmo 75:6; Isaías 28:2; Jer. 12:7; 1.º Sam. 4:3; 2.º Sam. 14:16, etc.). Assim, estar na mão de alguém" exprime "estar com alguém" (Gên. 32:14; 35:4; Núm, 31:49; Deut. 33:3; Jer. 38:10, etc.) ou “estar sob sua proteção ou seu poder" (Gên. 9:2; 14:20; 32:17; 43:37; Ex. 4:21; 2.º Sam, 18:2; 1.º Reis 14:27; 2.º Reis 10:24; 2.º Crôn. 25;20; Job 8:4; Sab. 3:1). Simbolicamente fala-se na "mão de Deus", que é “poderosa" (Deut 9:26; 26:8; Josué 4:25; l.ª Pe. 5:6) e garante sua ajuda (Luc. 1:66); ou, quando está sobre alguém o protege (2.º Crôn, 30:12; 1.º Esd, 7:6, 9, 28; 8:18, 22, 31; 2.º Esd. 2:8, 18; Is. 1:25; Zac. 13:7. etc,).
A frase “Eu e o Pai somos UM" foi bem compreendida em seu sentido teológico pelos ouvintes, que tentam apedrejá-Lo novamente (cfr. João, 8:59) e "buscavam" (ebástasan) pedras fora do templo, já que não nas havia no pórtico de Salomão.
Mas diferentemente da outra ocasião, Jesus não "se esconde". Ao contrário, enfrenta-os com argumentação lógica, para tentar chamá-los à razão. Eis os argumentos:
1.º - Ele lhes mostrou "muitas belas ações" (pollá érga kalá) vindas do Pai. As traduções correntes transformaram o "belas" em "boas". Por qual delas querem apedrejá-Lo?
A resposta esclarece que não é disso que se trata: é porque “sendo Ele um homem, se faz (poieís seautón) um deus", o que constitui blasfêmia.
2.º - Baseado na "lei", texto preferível (por encontrar-se no papiro 45, em aleph, D e theta) a "na vossa lei" ( A, B, L e versões Latinas e Vulgata). O termo genérico "lei" (toráh) englobava as três partes de que eram compostas as Escrituras (toráh, neviim e ketubim). A frase é citada textualmente de um salmo, mas também se encontra no Êxodo uma atribuição dela.
Diz o Salmo (82:6): ani omareti elohim atem, vabeni hheleion kulekem (em grego: egô eípa: theoí éste, kaì hyioì hypsístou pántes), ou seja: "eu disse: vós sois deuses, e filhos, todos, do Altíssimo". Jesus estende a todos os homens o epíteto de elohim (deuses) que, no Salmo (composto por Asaph, no tempo de Josafá, cerca de 890 A.C.) era dirigido aos juízes, que recebiam esse título porque faziam justiça em nome de Deus. Nos trechos do Êxodo (21:6 e 22:8 e 28), a lei manda que o culpado "se apresente ao elohim", isto é, ao juiz.
Tudo isso sabia Jesus, e deviam conhecê-lo os ouvintes, tanto que é esclarecida e justificada a comparação: lá foram chamados deuses "aqueles nos quais o ensino de Deus se manifestava" (os juízes) - e a Escritura (graphê) "não pode ser ab-rogada" (ou dynastai lysthênai). É o sentido de lyô dado por Heródoto (3, 82) e por Demóstenes (31, 12) quando empregam esse verbo com referência à lei.
3.º - Ora, se eles, simples juízes, eram chamados deuses na lei, por que seria Ele acusado de blasfêmia só por dizer-se "filho de Deus" se Ele fora “separado" (hêgíasen, verbo derivado de hágios que, literalmente tem esse significado) ou "consagrado" pelo Pai, e "enviado" ao mundo? E tanto só se dizia "filho", que se referia a Deus dando-Lhe o nome de Pai.
4.º - As ações. Pode dividir-se em dois casos:
a) se não as fizesse, não era digno de crédito:
b) fazendo-as, devia ser acreditado.
Todavia, mesmo que, por absurdo, não acreditassem em Sua palavra, pelo menos as ações praticadas deviam servir para alertá-los, não só a "conhecer" (gnôte) mas até mesmo' a ter a gnose plena (ginôskête, papiro 45, e não pisteuête, "creiais") de que, para fazê-las, era indispensável "que o Pai estivesse Nele e Ele no Pai".
De nada adiantaram os argumentos. Eles preferiam as trevas à luz (João, 3:19-21), pertenciam ao Anti-Sistema (João, 8:23), porque eram filhos do Adversário" (João, 8:47), logo, não tinham condições espirituais de perceber as palavras nem de analisar as ações "do Alto". Daí quererem passar à violência física, prendendo-O (cfr. João, 7:1, 30, 32 e 44, e 8:20). Mas, uma vez mais, Ele escapa de suas mãos e sai de Jerusalém (como em João 4:3 e 7:1).
Lição prenhe de ensinamentos.
Jesus passeava no pórtico de Salomão (que significa "pacífico" ou "perfeito") na festa da "dedicação" do templo (corpo) a Deus. Eis a primeira interpretação.
Jesus, o Grande Iniciado, Hierofante da "Assembléia do Caminho", é abordado pelos "religiosos ortodoxos" (judeus), que desejam aberta declaração Sua a respeito de Sua missão. Mas o "homem" Jesus, que já vive permanentemente unificado com o Cristo Interno, responde às perguntas na qualidade de intérprete desse mesmo Cristo.
Cita as ações que são inspiradas e realizadas pelas forças do Alto (cfr. João, 8:23), suficientes para testificar quem é Ele; mas infelizmente os ouvintes "não são do seu rebanho", e por isso não Lhe ouvem nem reconhecem a voz (cfr. João 10:14,16 ). A estas suas ovelhas é dada a vida imanente e elas não se perderão (cfr. João 8:51), porque ninguém terá força de arrebatá-las de Seu poder, que é o próprio poder do Pai, já que Ele e o Pai são UM.
O testemunho não é aceito. Antes, é julgado "blasfêmia", pois Ele, simples homem, "se faz um deus".
Jesus (o Cristo) retruca que, se todo homem é um deus, segundo o que está na própria Escritura, Ele não está usurpando direitos falsos, quando se diz "filho de Deus", em Quem reconhece "o PAI". Contudo, se não quisessem acreditar Nele, não importava: pelo menos reconhecessem as ações divinas realizadas pelo Pai através Dele, e compreendessem que o Pai está Nele e Ele no Pai, já que, sem essa união, nada teria sido possível fazer.
Inútil tudo: o fanatismo constitui os antolhos do espírito.
Transportemos o ensino para o âmbito da criatura encarnada, e observemos o ceticismo do intelecto, ainda mesmo quando já iluminado pelas religiões ortodoxas ("judeus"), mas ainda moldado pelos dogmas estreitos de peco fanatismo.
A Individualidade (Jesus) é solicitada a manifestar-se ao intelecto, à compreensão racional e lógica do homem. Como resposta, cita as ações espirituais que ele mesmo vem sentindo em sua vida religiosa: o conforto das preces, a consolação nos sofrimentos, a coragem nas lutas contra os defeitos, a energia que o não deixa desanimar, a doçura das contemplações. Mas, sendo o intelecto um produto do Anti-Sistema, não consegue "ouvir-lhe a voz" (akoúein tòn lógon, vol. 4) nem segui-lo, porque não o conhece. Mas se resolver entregar-se totalmente, anulando seu eu pequeno, ninguém poderá derrotá-lo, porque "o Pai é maior que tudo" e Ele se unificará ao Pai quando se unificar à Individualidade, que já é UNA com o Pai.
O intelecto recusa: julga ser "blasfema" essa declaração, já que o dogma dualista de sua religião lhe ensinou que o homem está "fora de Deus" e, por sua própria natureza, em oposição a Ele: logo, jamais poderá ele ser divino. Politeísmo! Panteísmo! Blasfêmia! ...
O argumento de que todo homem é divino, e que isto consta das próprias Escrituras que servem de base à sua fé, também não abala o intelecto cético, que raciocina teologicamente sobre "unidade de essência e de natureza", sobre "uniões hipostáticas", sobre "ordens naturais e sobrenaturais", sobre "filho por natureza stricto sensu e filhos por adoção", sobre o "pecado de Adão, que passou a todos", etc. etc. E continua sua descrença a respeito da sublimidade do Encontro, só conhecido e experimentado pelos místicos não-teólogos. E, como resultante dessa negação, a recusa do Cristo Interno que, por ver inúteis seus amorosos esforços, "se afasta e sai de Jerusalém".
No campo iniciático, observamos o ensino profundo, em mais um capítulo, manifestado de maneira velada sob as aparências de uma discussão. Eis alguns dos ensinos:
Para distinção entre o verdadeiro Eu Profundo e os enganos tão fáceis nesse âmbito, há um modo simples de reconhecimento: as belas ações que vêm do Pai.
Entretanto, uma vez que foi feita a íntegra doação e a entrega confiante, ingressando-se no "rebanho do Cristo", nenhum perigo mais correremos de perder-nos: estamos na mão do Cristo e na mão do Pai. Não há forças, nem do físico nem do astral que nos possam arrebatar de lá. Nada atingirá nosso Eu verdadeiro. As dores e tentações poderão atuar na personagem, mas não atingem a Individualidade.
Já existe a união: nós e o Pai somos UM, indistintamente.
Não há objeções que valham. A própria Escritura confirma que todo homem é um deus, embora temporariamente decaído na matéria. Não obstante, o Pai continua DENTRO DO homem, e o homem DENTRO DO Pai.
Aqui vemos mais uma confirmação da onipresença concomitante de Deus, através de seu aspecto terceiro, de Cristo Cósmico.
O CRISTO CÓSMICO é a força inteligente NA QUAL reside tudo: átomos, corpos, planetas, sistemas estelares, universos sem conta nem limite que nessa mesma Força inteligente, nessa LUZ incriada, nesse SOM inaudível, têm a base de sua existência, e dela recolhem para si mesmos a Vida, captando aquilo que podem, de acordo com a própria capacidade receptiva. Oceano de Luz, de Som, de Força, de Inteligência, de Bondade, QUE É, onde tudo flutua e de onde tudo EXISTE.
Mas esse mesmo Oceano penetra tudo, permeia tudo, tudo impregna com Sua vida, com Sua força, com Sua inteligência, com Seu amor.
Nesse Infinito está tudo, e esse Infinito está em tudo: nós estamos no Pai, e o Pai está em nós.
E é Pai (no oriente denominado Pai-Mãe) porque dá origem a tudo, Dele tudo parte e Nele tudo tem a meta última da existência. Partindo desse TODO, vem o movimento, a vibração, a vida, o psiquismo, o espírito, nomes diferentes da mesma força atuante, denominações diversas que exprimem a mesma coisa, e que Só se diferencia pelo grau que conseguiu atingir na evolução de suas manifestações corpóreas nos planos mais densos: é movimento vorticoso no átomo, é vibração no éter, é vida nos vegetais, é psiquismo nos animais, é espírito nos homens. E chegará, um dia, a ser chamado o próprio Cristo, quando atingirmos o ponto culminante da evolução dentro do reino animal: "até que todos cheguemos à unificada fidelidade, à gnose do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à dimensão da plena evolução de Cristo" (Ef. 4:13).
Carlos Pastorino