"CONTESTAR AS OPINIÕES ERRÔNEAS QUE CONTRA NÓS ESPÍRITAS SÃO APRESENTADAS; REBATER AS CALÚNIAS; APONTAR AS MENTIRAS; DESMASCARAR A HIPOCRISIA; TAL DEVE SER O AFÃ DE TODO ESPÍRITA SINCERO, CÔNSCIO DOS DEVERES QUE LHES SÃO CONFIADOS”.
publicado por evangelicosfalsosprofetas, em 21.02.10 às 02:30link do post | favorito

“A verdade não se prova pelas perseguições, mas pelo raciocínio; as perseguições, em todos os tempos, foram a arma das más causas, e daqueles que tomam o triunfo da força bruta pelo da razão. A perseguição é um meio mau de persuasão; pode momentaneamente abater o mais fraco, convencê-lo, jamais; porque, mesmo na aflição em que o tiver mergulhado, exclamará como Galileu em sua prisão: e pur si mouve! Recorrer à perseguição é provar que se conta pouco com o poder de sua lógica. Não useis, pois, de represálias: à violência oponde a doçura e uma inalterável tranqüilidade; restitui aos vossos inimigos o bem pelo mal; por aí dareis um desmentido às suas calúnias, e força-lo-eis a reconhecer que vossas crenças são melhores do que eles dizem”.

“A calúnia! direis; pode-se ver com sangue frio nossa Doutrina indignamente deturpada por mentiras? acusada de dizer o que não disse, de ensinar o contrário do que ela ensina, de produzir o mal ao passo que não produz senão o bem? A própria autoridade daqueles que têm uma tal linguagem não pode dobrar a opinião, retardar o progresso do Espiritismo?”

“Incontestavelmente está aí seu o objetivo; atingi-lo-ão? é uma outra questão, e não hesitamos em dizer que chegam a um resultado todo contrário: o de se desacreditarem e à sua causa. A calúnia, sem contradita, é uma arma perigosa e pérfida, mas tem dois gumes e fere sempre aquele que dela se serve. Recorrer à mentira para se defender é a mais forte prova de que não se têm boas razões para dar, porque, tendo-as, não se deixaria de fazê-las valer. Dizeis que uma coisa é má, se tal é vossa opinião; gritai-o sobre os telhados, se bom vos parece, cabe ao público julgar se estais no erro ou na verdade; mas deturpá-la para apoiar vosso sentimento, desnaturá-la, é indigno de todo homem que se respeita. Nos relatórios das obras dramáticas e literárias, vêem-se freqüentemente apreciações muito opostas; um crítico louva exageradamente o que outro achincalha: é seu direito; mas o que se pensaria daquele que, para sustentar a sua censura faria o autor dizer o que não disse, lhe emprestaria maus versos para provar que sua poesia é detestável?”

“Ocorre assim com os detratores do Espiritismo: pelas suas calúnias mostram a fraqueza de sua própria causa e a desacreditam fazendo ver a que lamentáveis extremismos são obrigados a recorrer para sustentá-la. De que peso pode ser uma opinião fundada sobre erros manifestos? De duas coisas uma, ou esses erros são voluntários, e então se vê a má-fé; ou são involuntários, e o autor prova sua inconseqüência falando do que não sabe; num e noutro caso perde todo direito à confiança”.

“O Espiritismo não é uma Doutrina que caminha na sombra; ele é conhecido, seus princípios são formulados de maneira clara, precisa, e sem ambigüidade. A calúnia, pois, não poderia atingi-lo; basta, para convencê-la da impostura, dizer: lede e vede. Sem dúvida, é útil desmascará-la; mas é preciso fazê-lo com calma, sem aspereza nem recriminação, limitando-se a opor, sem discursos supérfluos, o que é do que não é; deixai aos vossos adversários a cólera e as injúrias, guardai para vós o papel da força verdadeira: o da dignidade e da moderação”.

“De resto, não é preciso exagerar as conseqüências dessas calúnias, que levam consigo o antídoto de seu veneno, e são em definitivo mais vantajosas do que nocivas. Forçosamente, elas provocam o exame de homens sérios que querem julgar as coisas por si mesmos, e nisso são excitados em razão da importância que se lhe dá; ora, o Espiritismo, longe de temer o exame, provoca-o, e não se lamenta senão de uma coisa, é que tantas pessoas dele falam como os cegos das cores; mas graças aos cuidados que nossos adversários tomam em fazê-lo conhecer, esse inconveniente logo não existirá mais, e é tudo o que pedimos. A calúnia que ressalta desse exame engrandece-o em lugar de rebaixá-lo”.

“Espíritas, não lamenteis, pois, essas deturpações; não tirarão nenhuma das qualidades do Espiritismo; ao contrário, as farão ressaltar como mais estrondo pelo contraste, e se voltarão para a confusão dos caluniadores: essas mentiras, certamente, podem ter por efeito imediato enganar algumas pessoas, e mesmo desviá-las; mas o que é isso? O que são alguns indivíduos perto das massas? Sabeis, vós mesmos, quanto o seu número é pouco considerável. Que influência isso pode ter sobre o futuro? Esse futuro vos está assegurado: os fatos realizados vos respondem por ele a cada dia vos traz a prova da inutilidade dos ataques de nossos adversários. A doutrina do Cristo não foi caluniada, qualificada de subversiva e de ímpia? Ele mesmo não foi tratado como velhaco e como impostor? Perturbou-se com isso? Não, porque sabia que seus inimigos passariam e que a sua doutrina ficaria. Assim o será com o Espiritismo. Singular coincidência! Não é outro senão o chamado à pura lei do Cristo, e é uma necessidade à qual ninguém pode se subtrair. [...]”. (Revista Espírita, 1863, pág. 71-73).


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